Espectroscopia ótica para discriminação de misturas de café arábica e robusta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mendes, Geissy de Azevedo lattes
Orientador(a): Bell, Maria Jose Valenzuela lattes
Banca de defesa: Teixeira, Alvaro Vianna Novaes de Carvalho lattes, Pinho, Roberto Rosas lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Física
Departamento: ICE – Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6794
Resumo: O café é um dos mais importantes produtos alimentares na economia mundial. O Brasil é o maior produtor e exportador do grão e o segundo maior consumidor do produto no mundo. A maior parte do café disponível comercialmente são as espécies do tipo café arábica (Coffea arabica L.) e café robusta/conilon (Coffea canephora L.), além de suas misturas. O café arábica tem maior valor comercial e suas características sensoriais gerais são mais apreciadas quando comparadas ao robusta. O objetivo deste trabalho é diferenciar as espécies de café após a torrefação por espectroscopia óptica. Assim, misturas com diferentes proporções de cafés arábica/robusta torrado e moído, em três graus de torrefação (claro, médio e escuro) foram estudados utilizando as técnicas de espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), fluorescência e fluorescência resolvida no tempo (TCSPC). Notória a similaridade existente na composição química das amostras, dois métodos multivariados foram aplicados para avaliação dos espectros de infravermelho: análise de componentes principais (PCA) e regressão por mínimos quadrados parciais (PLS). A partir dos espectros avaliados com o PCA, foi possível diferenciar as espécies de café e identificar compostos que são bons discriminantes entre elas, como a cafeína e os lipídeos, presentes em quantidades maiores no café robusta e arábica, respectivamente. Além disso, ao associar os espectros do FTIR ao PLS, foi desenvolvido um modelo capaz de predizer quantitativamente a proporção de cada espécie nas amostras estudadas, com coeficiente de determinação superior a 0,99. As análises de fluorescência e fluorescência resolvida no tempo foram realizadas utilizando-se comprimentos de onda de excitação/emissão em 280/480 nm, 310/470 nm e 400/605 nm. Os espectros de emissão obtidos pela técnica discriminam as espécies e indicam a presença de fluoróforos em apenas um dos cafés analisados. Já pela contagem de fóton único correlacionado no tempo (TCSPC), obteve-se intensidade média do tempo de vida de emissão, no qual o conjunto 310/470 nm apresentou diferença entre as espécies superior a 20%. Os resultados obtidos neste trabalho, evidenciam o fato de que as técnicas empregadas são promissoras, uma vez que são capazes de distinguir com rapidez as espécies ou até mesmo quantificar a porcentagem das misturas.