Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Tatiane Almeida de
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Orientador(a): |
Ribeiro, Luiz Cláudio
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Banca de defesa: |
Farah, Beatriz Francisco
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Travassos, Cláudia Maria de Rezende
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/927
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Resumo: |
Introdução: o contexto familiar tem um papel importante no processo de envelhecimento, e nos casos em que o idoso é dependente, surge a figura de um cuidador. Uma possibilidade de atendimento ao idoso frágil e de apoio aos seus cuidadores informais é a Assistência Domiciliar (AD). Algumas possíveis vantagens desse modelo são: a melhoria da qualidade de vida e da satisfação dos usuários, o estímulo aos vínculos familiares e profissionais, a redução dos custos gerais, a desospitalização, o aumento da segurança, o trabalho multiprofissional, e a mudança no padrão de atendimento cartesiano do sistema de saúde vigente. Entretanto, as condições sanitárias dos domicílios muitas vezes são incompatíveis para a implantação da AD de acordo com as exigências da resolução da ANVISA nº11 de 01/2006. Dessa forma, este trabalho propõe analisar o acesso da população idosa aos serviços de assistência domiciliar no setor público com base nas condições de saneamento e moradia, e propor uma delimitação para as áreas de abrangência de Equipes Multidisciplinares de Assistência Domiciliar (EMAD) para o município de Juiz de Fora (MG). Metodologia: este estudo utilizou os resultados do censo de 2010 e os dados sobre a cobertura de serviços de saúde pelo município. Foi criada uma variável nominal dicotômica que representou as exigências mínimas para implantação do Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) pelo arcabouço legal (domicílios adequados e inadequados). Foram consideradas as características socioeconômicas e demográficas dos indivíduos, as condições de saneamento e moradia e a cobertura por serviços de saúde. A partir disso, realizou-se uma análise bivariada entre a condição domiciliar para AD e as demais variáveis, além de uma distribuição territorial dos resultados por meio de geoprocessamento dos dados. Resultados: as condições domiciliares inadequadas para AD representaram 15,1% de todos os domicílios com idosos e estavam associadas às cores de pele preta e parda, sexo masculino, idade maior que 90 anos, incapacidade funcional básica, baixa renda e baixo nível de instrução. A proporção de domicílios adequados foi maior nas regiões centrais, bem como a oferta de serviços hospitalares. A cobertura pela Estratégia de Saúde da Família foi maior nas regiões de periferia. A divisão territorial proposta para EMAD manteve as características dos grupos populacionais que compunham as áreas de abrangência. Conclusão: Apesar dos princípios e diretrizes dos SAD ressaltarem a ampliação do acesso, este ainda é condicionado por condições sanitárias e de moradias precárias para a população idosa. Para que a AD seja inserida efetivamente no contexto público de saúde, deve-se primar pela intersetorialidade por meio da melhoria das condições básicas de saneamento e moradia, das desigualdades socioeconômicas e do acesso aos diversos níveis de serviços de saúde, com a finalidade de oferecer um atendimento integral e universal pelo SUS. |