Insatisfação corporal em adolescentes praticantes de ginástica artística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Neves, Clara Mockdece lattes
Orientador(a): Ferreira, Maria Elisa Caputo lattes
Banca de defesa: Conti, Maria Aparecida lattes, Lourenço, Lélio Moura lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/842
Resumo: Objetivos: 1) Avaliar a insatisfação corporal geral e específica em praticantes de ginástica artística de base e de alto rendimento, e analisar a influência de variáveis sociodemográficas, antropométricas e maturacionais sobre a insatisfação corporal; 2) Verificar as relações e comparar a insatisfação corporal e influência da mídia, perfeccionismo, estado de humor e comportamento alimentar de praticantes de ginástica artística das categorias de base, de alto rendimento e não atletas; 3) Verificar a influência que as variáveis estudadas exercem sobre a insatisfação corporal e compará-las em atletas de alto rendimento de ginástica artística nos períodos pré, durante e pós-competitivos. Métodos: Este estudo caracteriza-se como quantitativo, descritivo e correlacional, transversal e longitudinal. Participaram da pesquisa, no total, 413 adolescentes de ambos os sexos, divididos em três grupos: 40 atletas de alto rendimento; 245 atletas de base; e 128 adolescentes não atletas. A idade dos jovens, de ambos os sexos, todos residentes na cidade de Três Rios-RJ, variou entre 10 e 18 anos (média de 12,86±1,80). Os instrumentos utilizados para avaliação foram: BSQ, EAC, EAT-26, SATAQ-3, MPS, BRUMS, CCEB e questionário sociodemográfico. Foram coletados dados antropométricos e maturacionais. Resultados: 1) 24,9% dos atletas de base e 15% dos atletas de alto rendimento estavam insatisfeitos com seu corpo no geral. Para as áreas corporais específicas, os atletas de base foram significativamente mais insatisfeitos com a área corporal "peso" do que os atletas de alto rendimento. Variáveis sociodemográficas e econômicas não exerceram influência sobre a insatisfação corporal. Em atletas de base, apenas o %G e a maturação somática foram preditores para a insatisfação corporal geral e específica, respectivamente. 2) Somente o comportamento alimentar influenciou a insatisfação corporal nos três grupos avaliados. Em não atletas, o IMC, o estado de humor e a influência da mídia acrescentaram explicação ao modelo. Para os atletas de base, o %G, a influência da mídia e o estado de humor também foram preditores para a insatisfação corporal. Na comparação entre os três grupos, os atletas de alto rendimento tiveram menores valores de IMC e %G do que os demais. Os não atletas apresentaram menores escores para o perfeccionismo, enquanto os atletas de base menores pontuações para o estado de humor. 3) A insatisfação corporal, o comportamento de risco para transtorno alimentar, o perfeccionismo auto-orientado e o vigor de atletas de ginástica artística diferiram de acordo com o período competitivo. O comportamento alimentar predisse a insatisfação corporal nos períodos pré, durante e pós-competitivo, sendo que o estado de humor acrescentou explicação ao modelo no momento 2.