O problema da relação intelecto-cérebro em o mundo como vontade e como representação, de Arthur Schopenhauer, à luz do paradoxo de Zeller

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Uchôa, Pedro Damasceno lattes
Orientador(a): Simanke, Richard Theisen lattes
Banca de defesa: Pagni, Elena lattes, Fonseca, Eduardo Ribeiro da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11861
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo principal investigar e circunscrever a relação problemática entre intelecto e cérebro na obra de Arthur Schopenhauer, de acordo com a já conhecida formulação de Eduard Zeller, tendo como finalidade a apresentação de uma abordagem do texto que possa oferecer uma solução à questão. Esta, por sua vez, está relacionada à noção de sistema de único pensamento tal como apresentada em O mundo como vontade e como representação, levando à necessária análise da macroestrutura do pensamento do autor. Desse modo, pode-se contemplar o lugar dos conceitos de intelecto e cérebro no âmbito da explicação metafísica da natureza, tendo-se sempre como noção diretora central a distinção entre os modos de consideração do mundo, apresentadas simultaneamente ainda no texto de O mundo e aperfeiçoada e mencionada com mais cuidado nas obras posteriores. Se, por um lado, o mundo é objeto de investigação através da subjetividade e de suas formas de existência, por outro ele é investigado através de um modo de consideração objetivo, que, inicialmente, toma os objetos como existentes por si mesmos, independentemente de qualquer sujeito. Sem poder existir totalmente em separado, na medida em que cada objeto existe apenas para o sujeito, ambos os modos devem confluir para a explicação completa do mundo, como complementação um do outro: o intelecto deve ser também considerado do ponto de vista objetivo e o cérebro segundo a análise do modo de consideração subjetivo, integrando-o na explicação geral do mundo e da natureza. Tendo-se em vista os vários comentários contemporâneos ao problema, compreende-se que seu conteúdo não pode ser contemplado senão segundo essa distinção fundamental, e, preservando-se a superioridade do modo de consideração subjetivo do mundo, busca-se a inclusão do conceito de cérebro na totalidade da obra e de sua abordagem fundamental. E, portanto, no mundo em sua totalidade como auto manifestação da Vontade.