Zonação altitudinal e dinâmica da paisagem no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ: subsídios para o planejamento ambiental em montanhas tropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Brites, Pietro Meirelles lattes
Orientador(a): Marques Neto, Roberto lattes
Banca de defesa: Mendonça, Bruno Araujo Furtado de lattes, Cavalcanti, Lucas Costa de Souza lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16363
Resumo: Este estudo foi realizado buscando compreender as interações e os processos geossistêmicos presentes na organização espacial das paisagens montanhosas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, a partir dos enfoques estrutural e dinâmico da análise da paisagem, a fim de interpretar suas sucessões altitudinais e suas inter-relações, bem como para apoiar o planejamento ambiental. Está inserido em um contexto de domínio de cinturões móveis, região de escarpas e reversos da Serra do Mar. Sua unidade é a Serra dos Órgãos, e sua categoria estrutural é aguçada, refletida a partir de sua localização em uma zona de cisalhamento. A área apresenta três distintas morfologias: os patamares de cimeira, que se caracterizam por topos aplainados e altas vertentes; as cristas e vertentes escarpadas dissecadas; os fundos de vale com depósitos de tálus. O contexto estrutural condiciona o padrão da drenagem na região em treliça e paralelo. Por meio da análise, interpretação dos produtos cartográficos, correlação das informações e visitas a campo, realizou-se o mapeamento dos geossistemas apoiado na classificação bilateral, dividida em geômeros e geócoros. A interpretação dos seus limites foi feita por meio da intersecção de todos os mapasbase, e as unidades geossistêmicas foram delimitadas através da sobreposição de camadas, que abrangem os elementos que compõem o geossistema. No mapeamento dos geossistemas que compõem o topogeócoro, foram verificadas três classes de fácies organizadas em: Patamares de cimeira vegetados, Cristas escarpadas e fundos de vale florestados e Planícies fluviais e fundos de vale florestados sob influência antrópica. Além disso, foram identificados 14 grupos de fácies, sendo alguns deles: patamares de cimeira com campos altimontanos herbáceos e arbustivos sobre solos mesomaduros a imaturos; cristas e vertentes escarpadas dissecadas com floresta ombrófila densa altomontana sobre solos imaturos a mesomaduros com numerosos afloramentos rochosos; fundos de vale com depósitos de tálus com floresta ombrófila densa montana sobre solos mesomaduros sob influência de mosaico de agricultura e pastagem; cristas e vertentes escarpadas dissecadas com floresta ombrófila densa submontana sobre solos imaturos a mesomaduros; planícies fluviais com floresta ombrófila densa submontana sobre solos mesomaduros a maduros sob forte influência urbana; planícies fluviais com floresta ombrófila densa submontana sobre solos mesomaduros a maduros sob forte influência de mosaico de agricultura e pastagem. A zonação altitudinal na paisagem é distinguida pela transição particular entre as diferentes fitofisionomias, bem como suas associações com os demais elementos do geossistema.