De Portugal às Minas do Ouro: a trajetória do cristão-novo Diogo Nunes Henriques (1670-1729)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Martins, Natália Ribeiro lattes
Orientador(a): Borges, Célia Aparecida Resende Maia lattes
Banca de defesa: Assis, Ângelo Adriano Faria de lattes, Barata, Alexandre Mansur lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/292
Resumo: Este trabalho é centrado na análise da trajetória do cristão-novo português Diogo Nunes Henriques, homem de negócio que se estabeleceu em Castela e em diferentes lugares do Império Português, até finalmente se fixar no território minerador. Membro de uma família com vasta passagem pelos cárceres do Santo Ofício, Henriques encontrou nos movimentos migratórios um forte aliado para escapar da mira dos inquisidores. Nas capitanias coloniais do atlântico, Diogo se firma como um promissor comerciante, assegurado por uma rede de compadrio que envolvia cristãos-velhos, parentes e outros cristãos-novos também atuantes no comércio. Contudo, o relativo êxito comercial não apagou a mácula cristã-nova, nem de Henriques, nem de seus companheiros, todos acusados de judaísmo, sendo então denunciados e presos pelo Santo Ofício durante a primeira metade do século XVIII. Os cristãos-novos do Império português estavam inseridos em um contexto paradoxal: de um lado eram vassalos de uma coroa cada vez mais dependente do comércio ultramarino, do outro estavam sujeitos às ações coercitivas do Santo Ofício, instituição cada vez mais empenhada em eliminar a heresia judaica do Império português. Analisar trajetórias como a de Diogo Nunes Henriques auxilia na busca pelo entendimento da realidade social vivida pelos cristãos-novos face às políticas de intolerância do Santo Ofício português e seus desdobramentos.