Ciência moderna, religião e os novos ateístas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Andrade, Roney de Seixas lattes
Orientador(a): Barbosa, Wilmar do Valle lattes
Banca de defesa: Silveira, Émerson José Sena da lattes, Camurça, Marcelo Ayres lattes, Panasiewicz, Roberlei lattes, Silva Neto, Francisco Luiz Pereira da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1765
Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar o discurso dos principais autores neoateístas, a partir de um ponto de vista que considera o neoateísmo como um movimento atual que, diferentemente do ateísmo tradicional, tem uma pauta que não é apenas filosófica, mas também decididamente político-cultural. Ele emerge em reação aos eventos que marcaram o atentado ao World Trade Center, em 2001, e particularmente, em reação ao ressurgimento e à crescente influência cultural e política do neofundamentalismo cristão nos Estados Unidos, a partir da década de 1970. Na percepção dos neoateístas a religião está se tornando uma força politicamente organizada em ascensão, dentro e fora dos EUA, e que na avaliação desses atores pode ser definida como perigosa, destrutiva e irracional, haja vista as ações da direita religiosa norte-americana, as ações dos extremistas radicais islâmicos, e por fim, o próprio 11 de setembro de 2001. Os autores aqui analisados entendem que a postura neoateísta é crítica e renovadora. Em nossa avaliação, todavia, esta postura, apesar de se diferenciar dos ateísmos tradicionais, constitui o que entendemos ser um “neofundamentalismo secularista” cujos promotores também veiculam ideias efetivamente radicais no atual contexto político-cultural norte-americano caracterizado, como assinala James Hunter, por verdadeira guerra de culturas.