Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Andréa Otoni Antunes Sales da
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Orientador(a): |
Borges, Eliane Medeiros
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Banca de defesa: |
Bruno, Adriana Rocha
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Sales, Shirlei Rezende
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3729
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Resumo: |
O presente trabalho parte de uma pesquisa cuja questão investigativa é: “Qual ambiente comunicacional os adolescentes habitam e quais os interesses que os movem em seu interior, considerando os alunos do 7º ano de uma escola da rede pública estadual de Juiz de Fora?” O objetivo é analisar como acontece a interação dos jovens nos espaços digitais, refletindo sobre situações em que estas interações acabam por interferir no cotidiano escolar. Por meio do grupo focal e dos registros das situações do cotidiano busquei perceber como acontecem as interações e a vivência entre os alunos no espaço escolar, mediadas por tablets, computadores e celulares. A interatividade, presente na cultura juvenil, encontra na comunicação móvel variadas formas de expressão, que nos chamam à reflexão sobre as relações e as práticas sociais. Entre os adolescentes há uma necessidade de se fazer presente virtualmente, ter um imenso número de amigos virtuais que se comunicam simultaneamente através do Facebook, WhatsApp, Instagram ou Telegram. A análise dos dados está organizada em duas categorias: (1) as relações de amizade estabelecidas por meio da interação nas redes sociais e (2) o público e o privado no uso de imagens pessoais nas redes sociais. Esta pesquisa possibilitou uma aproximação com os alunos na fase da adolescência através da qual foi possível encontrar importantes achados: as interações entre os mais jovens sofrem implicações das relações estabelecidas no contexto digital. Para os adolescentes, ser popular em seu grupo de contatos é um ponto importante, e o número de curtidas se constitui como um status social. A exibição pessoal é considerada importante com o objetivo de ganhar curtidas e chega-se a disputar o número de curtidas e de amigos on-line. Publicações online interferem no cotidiano da escola, mas as questões são tratadas com medidas disciplinares e punitivas. Fotos em trajes íntimos das meninas para os meninos, fotos dos órgãos genitais, fotos do corpo seminu entre adolescentes, enviadas pela caixa de mensagens do Facebook ou pelo WhatsApp, são procedimentos comuns entre vários adolescentes. Além disso, foi possível identificar situações, no cotidiano escolar, em que os adolescentes usam essas imagens como vingança pelo rompimento do namoro ou para expor o outro ou a outra, para os amigos da escola através das redes sociais. Esta pesquisa não tem a intenção de apontar caminhos, somente torná-los visíveis e cogitar sobre fatos e acontecimentos envolvendo os adolescentes com os quais trabalhamos, para refletir sobre o cotidiano da escola, repensá-lo – de modo a compreender a realidade dos alunos, suas ações e sentidos construídos nos espaços por eles habitados – e transformá-lo. Afinal, quem é meu aluno hoje? Como posso (inter)agir com ele? |