Os descaminhos do ouro: questões acerca do modo de administrar e fazer justiça no Antigo Regime - Minas Gerais (1709-1750)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Faria, Luana de Souza lattes
Orientador(a): Oliveira, Mônica Ribeiro de lattes
Banca de defesa: Sampaio, Antônio Carlos Jucá de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2377
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar o modo como a prática dos descaminhos do ouro contribuiu para fomentar discussões no reino e na colônia. Tal prática, utilizada por diferentes indivíduos no ultramar gerou, em contrapartida, uma preocupação excessiva em conte-la, levando a intermináveis discussões em torno do melhor meio de arrecadação do quinto, trazendo para o centro do debate questões ligada aos valores e noções compartilhada no reino e no ultramar. Estando estes indivíduos inseridos em uma determinada cultura política ao migrarem para o ultramar, inevitavelmente, trouxeram consigo seus valores e visões de mundo, readaptando-a muitas vezes à realidade local. Tais homens, por meio de estratégias souberam utilizar desses valores, ora para promover a interiorização do poder régio, ora, e muitas vezes, em benefício próprio. Partindo do pressuposto que estes homens partilhavam os valores presentes em uma Monarquia Corporativa e Jurisdicional, tratamos de analisar os descaminhos do ouro nesta pesquisa a partir de dois eixos temáticos - a administração ultramarina e a aplicação da justiça no Antigo Regime. Para tanto, buscamos na ação dos diferentes indivíduos frente aos descaminhos do ouro que ocorreram em Minas Gerais, entre os anos de 1709 a 1750, perceber o modo como interagiam, os jogos de poder e por fim, o modo como a cultura política do Antigo Regime legitimava a ação desses homens, colocando em xeque, muitas vezes as determinações vinda da metrópole.