Jogando com o policial: uma proposta de ampliação do repertório do jovem leitor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carvalho, Pablo Itaboray de lattes
Orientador(a): Nogueira, Elza de Sá lattes
Banca de defesa: Silva, Maria Andréia de Paula lattes, Mathias, Érika Kelmer lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras)
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7017
Resumo: O objetivo principal deste trabalho foi analisar uma estratégia de ampliação de repertório do jovem leitor que consiste em usar o jogo de tabuleiro Scotland Yard e a série televisiva Sherlock como mediadores no processo de apropriação de estratégias literárias usadas na narrativa policial clássica. Foi concebido no âmbito do Profletras-UFJF, como parte do projeto Intertextualidade no polissistema literário: uma proposta de ampliação do repertório do jovem leitor desenvolvido pela professora Elza de Sá Nogueira. O embasamento teórico é constituído pelos conceitos de letramento literário (Cosson e Paulino); de repertório (Iser); de polissistema literário (Even-Zohar); de adaptação (Hutcheon); de comunidade de leitores (Chartier); de jogo (Huizinga); e de narrativa policial (Todorov). Foi aplicado numa turma de 9o ano de uma escola pública federal de Juiz de Fora, utilizando a metodologia da pesquisa-ação. A partir do diagnóstico – elaborado com base na análise de questionários aplicados na turma em questão – de que a maioria dos alunos lê apenas os livros exigidos pela escola e, portanto, não inserem a literatura em suas vidas num sentido mais amplo, formulamos a hipótese de que, por meio do jogo e da narrativa audiovisual, a inserção dos alunos numa comunidade de leitores seria mais efetiva, e a ampliação de repertório se realizaria como fruição estética. Na sequência da proposta, foi realizada a leitura compartilhada (conforme recomendada por Tereza Colomer) de um romance e cinco contos de Sir Arthur Conan Doyle, durante a qual foram usadas, como estratégias, questões mediadoras propostas pelo professor e o registro das discussões no diário de leitura por parte dos alunos. A apropriação das estratégias aprendidas foi avaliada através da elaboração coletiva de um jogo de tabuleiro similar ao Scotland Yard, que contou com a adaptação dos contos lidos em sala de aula. Os resultados comprovaram a hipótese, afinal percebeu-se que os alunos, além de se apropriarem das estratégias literárias e terem se inserido numa comunidade de leitores, tiveram maior fruição estética na leitura dos textos literários propostos.