Gestão de processos da Coordenação Regional dos Colegiados Escolares da Superintendência Regional de Ensino de Poços de Caldas: desafios à promoção da gestão escolar democrática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ferreira, Christiane Steiger lattes
Orientador(a): Scortegagna, Liamara lattes
Banca de defesa: Alvim, Maria Isabel da Silva Azevedo lattes, Gonçalves, Maria Célia da Silva lattes, Dantas, Mario Antonio Ribeiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Gestão e Avaliação em Educação Pública
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11914
Resumo: A presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão estudado compreende a Coordenação Regional dos Colegiados Escolares da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Poços de Caldas, tendo como recorte de pesquisa os Colegiados Escolares das 10 escolas estaduais do município de Poços de Caldas. No período de 2013 a 2017, verificamos a inexistência de um planejamento de ações sistemáticas e processuais desta Coordenação, mas, tão somente, ações isoladas, em resposta a demandas – também isoladas – da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE), bem como dificuldades na gestão de processos do trabalho desenvolvido, o que repercute na atuação dos conselheiros escolares e, consequentemente, na promoção de uma gestão escolar participativa. Desta forma, surgiu a questão: como a Coordenação Regional dos Colegiados Escolares da SRE de Poços de Caldas pode reestruturar o seu trabalho, de modo a desenvolver ações que potencializem a mobilização e fortalecimento dos Colegiados Escolares, instâncias primordiais à gestão democrática?Assim, assumimos como hipótese que esta situação revela a precariedade desta Coordenação no âmbito regional e estadual e colabora para uma parca atuação dos conselheiros escolares. O objetivo geral definido para este estudo foi compreender as dificuldades da Coordenação Regional dos Colegiados Escolares da SRE Poços de Caldas quanto ao acompanhamento destes órgãos em cada escola, além de propor ações de sistematização dos procedimentos de trabalho desta coordenação. Os objetivos específicos foram: i) apresentar o contexto do caso e as evidências do problema; ii) analisar as dificuldades de atuação desta Coordenação, mediante a articulação do referencial teórico com a análise dos dados coletados na pesquisa; iii) desenvolver um Plano de Ação Educacional para reestruturação do trabalho, visando ao aperfeiçoamento da gestão de processos desta Coordenação e à eficácia de sua presença junto às escolas, de modo a colaborar para o fortalecimento dos Colegiados Escolares e a promoção de uma cultura escolar democrática, tendo por referência as contribuições da Gestão do Conhecimento (GC) para a melhoria da administração pública, frente aos entraves burocráticos. Para tanto, utilizamos, como metodologia a pesquisa qualitativa e como instrumentos a aplicação de questionários para os gestores e membros dos Colegiados das escolas estaduais de Poços de Caldas, além de entrevistas semiestruturadas com os 3 servidores que atuam junto à Coordenação Regional dos Colegiados Escolares.Os resultados da pesquisa indicaram distanciamento e dificuldades no fluxo comunicacional entre a SRE e as escolas, invisibilidade da Coordenação estudada e fragilidade dos dispositivos de acesso à informação e conhecimento, por parte dos membros dos Colegiados Escolares. O estudo ainda sinaliza vias para prospecção de trabalhos futuros, quanto à aplicação da GC na educação. Assim, o Plano de Ação proposto contempla dois campos, complementares: I) disponibilização de canais de acesso ao conhecimento explícito e ao conhecimento institucional da SRE e ao conhecimento tácito de outros sujeitos e II) processos formativos de socialização e internalização de conhecimentos.