A desconstrução de Derrida e a natureza que logo somos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Toledo, Túlio lattes
Orientador(a): Simões, Maria Cecília dos Santos Ribeiro lattes
Banca de defesa: Hortegas, Monica Giraldo lattes, Almeida, Edson Fernando de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00355
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13729
Resumo: Esta dissertação se desenvolve no intuito de evidenciar a crise do Ser do antropoceno através de uma aproximação entre o pensamento do filósofo Jacques Derrida e outros pensadores que se permitiram um olhar diferenciado perante o mundo natural. Com sua proposta da desconstrução, Derrida traça toda uma impossibilidade de uma origem rígida para o conhecimento ao contestar os limites do pensamento centralizado causador de uma extrema ruptura entre o Ser da individualidade da presença e toda a potência heterogênea das incontáveis alteridades. Criticar todo condicionamento oriundo de certo logocentrismo é possibilitar a abertura das práticas de sentido para uma nova atuação da era geológica dos humanos e seu relacionamento com o outro, com o animot e com a multiplicidade de viventes. Deste modo, a desconstrução e o rastro da Natureza adentram também na problemática da educação e da ciência que precisariam reorientar seus próprios paradigmas metodológicos a fim de propiciar uma ressignificação dos sentidos humanos perante sua própria atuação no mundo. O estudo tem como objetivo compreender a importância de libertar o conhecimento de toda uma centralidade idealizada, condicionante e condicionadora, através de certos conceitos fundamentais como a différance e o deserto que evidenciariam a característica imanente do pensamento de pertencimento a um perpétuo fluxo de movimento sem uma origem limitada. A desconstrução aqui aparece como um mergulho profundo em busca de uma alteridade totalmente outra, uma alteridade que se mistura na interdependência da Natureza. O procedimento adotado é especificamente uma pesquisa bibliográfica de reflexão filosófica e poética, mediante uma análise das crises sociais e ambientais e uma busca de reorientação da práxis humana diante de sua morada Terra. A desconstrução invoca a responsabilidade de um repensar do agir humano que possibilite e garanta um porvir mais consciente da própria humanidade.