Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lacerda, Letícia Moroni
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Orientador(a): |
Macedo, Gilson Costa
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Banca de defesa: |
Pereira Junior, Olavo dos Santos
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Hell, Rafaela Chitarra Rodrigues
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6048
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Resumo: |
Nos últimos anos, tem se notado uma mudança no perfil populacional, com consequente redução das doenças infectocontagiosas e aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) que, em sua maioria, compartilham uma patogênese de caráter inflamatório. A inflamação é uma reação normal à perturbação da homeostase do tecido, seguida por uma fase de resolução e reparo. Dentre as células que participam do processo inflamatório, os macrófagos têm recebido grande atenção, uma vez que são responsáveis pela produção de uma grande variedade de mediadores, como citocinas, quimiocinas, espécies reativas de oxigênio e nitrogênio bem como mediadores lipídicos. Apesar de benéfica, a inflamação precisa ser finamente controlada visto que sua exacerbação pode resultar no surgimento de diversos tipos de patologias. Neste contexto, é crescente a necessidade de se desenvolver novos compostos capazes de atuar nos processos inflamatórios e/ou no câncer, de maneira efetiva e com o mínimo de efeitos adversos. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade anti-inflamatória e antitumoral de novos adutos da reação de Morita-Baylis-Hillman (MBH), verificando se esta atividade tinha relação com uma possível atividade antioxidante, também testada. Para isso, primeiramente, foi determinada a viabilidade das células RAW 264.7 e J774A.1 após tratamento com adutos utilizando o ensaio de MTT. Em seguida, a ação destes adutos sobre a produção de óxido nítrico (NO), TNF-α, IL-6, CCL2 e moléculas coestimuladoras (CD80, CD86 e CD40) foi determinada em células RAW 264.7, enquanto sua ação sob a IL-1β foi determinada em células J774A.1. O melhor dos adutos foi também submetido aos testes in vivo em modelo murino de edema de orelha. Além disso, foi avaliada a viabilidade de células 4T1 e B16 tratadas com os compostos através do método do MTT enquanto a ação antioxidante foi determinada pelo teste de DPPH. Os resultados mostraram que somente um dos adutos apresentou citotoxicidade significativa na concentração de 75uM enquanto a 50uM nenhum dos adutos foi citotóxico. Concomitantemente, o tratamento com os adutos foi capaz de reduzir, a produção de NO, assim como de TNF-α, IL-6, IL-1β e CCL2. Os compostos também modularam a expressão das moléculas co-estimuladoras CD86 e CD40. In vivo, o aduto 4Br foi eficaz em reduzir o edema de orelha, o infiltrado inflamatório e a atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), embora não tenha sido capaz de reduzir a produção de IL-1β, IL-6 e CCL-2 no tecido auricular. Em relação à viabilidade de células tumorais, cinco adutos foram tóxicos para células 4T1, enquanto seis deles foram efetivos em induzir a redução da viabillidade de células B16. Nenhum dos adutos apresentou atividade antioxidante, o que sugere que os mecanismos anti-inflamatórios e antitumorais desencadeados pelos adutos são independentes do potencial antioxidante. Os resultados encontrados até o momento sugerem uma possível aplicabilidade destes adutos em novas estratégias de combate a doenças inflamatórias e/ou na terapia contra o câncer. |