A idealização e a realidade: a autonomia do aluno em educação a distância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Serafini, Alessandra Menezes dos Santos lattes
Orientador(a): Borges, Eliane Medeiros lattes
Banca de defesa: Teixeira, Beatriz de Basto lattes, Pimentel, Nara Maria lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1995
Resumo: A pesquisa tem como objetivo, inicialmente, identificar alguns pressupostos filosóficos e epistemológicos da concepção de autonomia para, em seguida, analisar os processos pedagógicos que favorecem a construção da autonomia do aluno em Educação a Distância (EaD). Pretende-se, aqui, analisar o perfil e os hábitos de estudo do aluno adulto de EaD, mais especificamente do curso de Pedagogia da UAB/FACED/UFJF, bem como verificar se, na formação do aluno adulto de EaD, há uma metodologia e materiais didáticos que promovam a autonomia desse aluno. Simultaneamente, são investigados o papel do professor e das tecnologias de informação e comunicação na construção da autonomia desse estudante. Trazemos, como fundamentos, reflexões acerca do significado e da relevância do termo autonomia e buscamos a compreensão do seu oposto, a heteronomia, à luz de Rousseau, Kant, Durkheim, Piaget e Freire. Visto que a literatura atual sobre EaD costuma apresentar a necessidade de um perfil de aluno autônomo, analisamos o que os teóricos atuais discutem a respeito do tema nesse contexto educacional, os quais apontam para essa autonomia, reportando-a ao desenvolvimento de competências específicas que exigem constante uso dos meios de comunicação e o desenvolvimento de estratégias pessoais de acesso ao conhecimento. Confrontamos os modelos industriais de educação, ainda presentes em alguns cursos de EaD, com visões mais humanistas e flexíveis de educação nesta modalidade de ensino. Recorremos, para tanto, a Maria Luiza Belloni, Oreste Preti, Marco Silva, Otto Peters, José Manuel Moran, José Armando Valente, Monique Linard e outros autores que têm pesquisado sobre EaD. A pesquisa envolve elementos qualitativos e quantitativos. Para melhor compreendermos o perfil do estudante de EaD, recorremos a alguns dados da pesquisa de monitoramento do curso de Pedagogia da UAB/FACED/UFJF, baseando-nos no relatório de pesquisa da coordenação do curso. E, também, a partir de entrevista realizada com tutores a distância e da aplicação de questionário nas turmas UAB II E UAB III do referido curso, foram investigados hábitos de estudo dos alunos, buscando, no cruzamento dos dados analisados, evidenciar a ocorrência ou não da autonomia do estudante no seu processo de aprendizagem. Os resultados apontaram para uma autonomia que pode ser construída ao longo desse processo, considerando-se os elementos destacados, na pesquisa, como relevantes para a construção de um estudo autônomo. Pretende-se, com esta reflexão, contribuir para as discussões sobre a construção da autonomia do aluno no processo de ensino e aprendizagem no universo da EaD.