Avaliação da segregação do gene da Oxalato Descarboxilase e da resistência ao Fusarium oxysporum na geração T1 de fumo transformado com OXDC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Amaral, Danielle Luciana Aurora Soares do lattes
Orientador(a): Santos, Marcelo de Oliveira lattes
Banca de defesa: Otoni, Wagner Campos lattes, Campos, José Marcello Salabert de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5299
Resumo: Desde a domesticação das plantas para a utilização humana, as doenças vêm causando grandes perdas na produção. Fungos fitopatogênicos tais como Sclerotium rolfsii, Botrytis cinerea, Fusarium oxysporum e Sclerotinia sclerotiorum são capazes de infectar diferentes espécies de plantas. A infecção por estes fungos leva a perdas consideráveis na época da colheita. A fase inicial da infecção envolve a produção e o acúmulo de grande quantidade de ácido oxálico (AO), que parece ser um dos maiores determinantes da patogenicidade. Fusarium oxysporum é a espécie mais comum do gênero e causa murcha vascular em diferentes espécies de plantas. Esse fungo causa perdas severas em muitas lavouras, como algodão, fumo, banana, café, morango e cana de açúcar. Genes que conferem resistência a fitopatógenos tornam-se de importância agronômica como recursos para melhoramento. Dentre esses, destacamos o da enzima oxalato descarboxilase (OXDC), capaz de catalizar a degradação do AO em ácido fórmico e dióxido de carbono, diminuindo a capacidade de infecção do fungo. Na geração T0 de fumo transformado com gene da OXDC, foram obtidas quatro linhagens resistentes ao fungo, estas foram analisadas na T1. O objetivo deste trabalho foi avaliar a segregação do transgene OXDC para a geração T1 de fumo e avaliar se a geração T1 de plantas transformadas é capaz de resistir ao fitopatógeno Fusarium oxysporum. Trinta plantas de cada linhagem T1 de fumo transformado com OXDC foram avaliadas, por PCR, quanto a presença do HPTII. Estas quatro linhagens foram analisadas apresentaram proporção de segregação de 3:1. Uma planta PCR positiva de cada linhagem foi submetida a bioensaios para verificar a resistência ao fungo e ao AO. No ensaio de resistência ao fungo Fusarium oxysporum, este não foi capaz de infectar as linhagens transgênicas, mostrando um aumento da resistência da T1 em relação a T0 quando os resultados foram comparados. Os níveis de expressão do transgene foram avaliados por RT-PCR. As linhagens T1, T4 e T6 mostraram níveis de expressão semelhantes, já a linhagem T2 apresentou menor nível de expressão que as demais linhagens, de maneira que este resultado pode ser correlacionado com menor resistência ao AO. Com base nestes resultados pode-se concluir que a enzima Oxalato Descarboxilase demonstrou ser eficiente no combate ao patógeno Fusarium oxysporum e potencialmente eficiente no combate a outros fungos que também utilizem AO no processo de infecção.