Gyr cows (Bos taurus indicus) in the peripartum period: assessment of calving prediction devices and factors affecting the maternal behavior and defensiveness

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vicentini, Rogério Ribeiro lattes
Orientador(a): Sant’Anna, Aline Cristina lattes
Banca de defesa: Prezoto, Fábio lattes, Campos, Mariana Magalhães, Ribeiro, Andrea Roberto Bueno, Costa, Franciely de Oliveira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00083
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15243
Resumo: O objetivo desta tese foi avaliar o potencial uso dos padrões de temperatura retículo-ruminal e atividade de novilhas Gir como preditores de parto e caracterizar a defesa e cuidado materno de vacas Gir, avaliando os possíveis efeitos da paridade e do protocolo de treinamento para a primeira ordenha nestes comportamentos. Foram utilizadas cinquenta e duas vacas Gir Leiteiro da Empresa de Pesquisa Agropecuária d Minas Gerais (Epamig Oeste, Uberaba, Brasil). Todas as amostras foram oriundas de um mesmo rebanho dividido em três grupos experimentais, um para cada capítulo. (Capítulo I): Quarenta novilhas Gir prenhes receberam um bolus intra-ruminal que registrou a temperatura retículo-rúmen (Trr) e atividade (Act). Os animais tiveram Trr e Act monitorados durante o período pré-parto. Observamos diminuição do Trr e aumento do Act nos dias que antecederam o parto. As diferenças em Trr e Act foram mais evidentes durante as últimas 21 e 11 horas antes do parto, respectivamente. Houve queda de 0,20°C na Trr. As análises revelaram que ambas as características têm potencial para predizer o parto, porém particularidades na fisiologia térmica de bovinos zebuínos devem ser consideradas quando se utilizam dispositivos validados apenas para raças europeias. (Capítulo II): Trinta e uma vacas Gir, dentre primíparas (n = 16) e multíparas (n = 15) foram alocadas em um piquete de maternidade monitorado por câmeras de vídeo. Os comportamentos dos animais foram coletados em quatro períodos: Pré-parto, Pós-parto, Primeiro manejo do bezerro e Pós-manejo. As vacas primíparas apresentaram maior duração dos comportamentos de ficar em pé com a coluna arqueada e tenderam a se movimentar mais do que as multíparas no período pré-parto, o que pode ser considerado indicador de dor e desconforto nesses animais. Tanto as primíparas quanto as multíparas foram protetoras de seus bezerros, mas apenas as multíparas foram agressivas com os tratadores no primeiro manejo do bezerro. Além disso, vacas mais protetoras passaram mais tempo comendo antes do parto, enquanto vacas menos atentas passaram mais tempo deitadas antes do parto. (Capítulo III): Trinta e sete vacas Gir leiteiras primíparas foram alocadas em dois grupos: O Grupo Treinamento (n = 16) foi submetido a um protocolo para a primeira ordenha, envolvendo estimulação tátil; O Grupo de controle (n = 21) foi submetido ao manejo comum da fazenda, sem interações e/ou manejos adicionais. Os comportamentos dos animais foram registrados em três períodos: pós-parto, primeiro manejo do bezerro e pós-manejo. A latência do bezerro para se levantar, o peso e o sexo influenciaram as interações vaca-bezerro. Vacas do Grupo Treinamento tocaram menos e passaram mais tempo sem interagir com seus bezerros. Ambos os grupos de treinamento e controle tinham mães protetoras, mas uma porcentagem maior de mães do Grupo Treinamento foram mais calmas em relação ao manejo dos bezerros. Em conclusão, Trr e Act apresentaram potencial para predição de parto em Novilhas Gir; Vacas Gir multíparas tendem a ser mais agressivas na proteção de seus bezerros do que primíparas; Protocolo de treinamento para a primeira ordenha reduziu o cuidado e defesa materna nas vacas Gir primíparas.