Linguagem e ensino de ciências: um estudo sobre o gênero textual verbete e sua transposição nos anos iniciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Dalamura, Anna Carolina Santos Reis lattes
Orientador(a): Magalhães, Tânia Guedes lattes
Banca de defesa: Reis, Andreia Rezende Garcia lattes, Crstóvão, Vera Lúcia Lopes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18187
Resumo: Os gêneros textuais têm sido indicados como objetos para aprendizagem, uma vez que constituem-se produtos das ações humanas e, sendo assim, tornam-se profícuos instrumentos para aprendizagem de línguas. Aliados a isso, o ensino de ciências propõe um viés fortemente relacionado às práticas de linguagem dos sujeitos, visto que o aluno, na construção de conhecimentos científicos, o faz via linguagem. Esta dissertação, então, buscou analisar a relação entre o ensino de língua materna e de ciências, numa perspectiva interdisciplinar. Tivemos como objetivo analisar as capacidades de linguagem desenvolvidas pelos alunos, bem como os conhecimentos linguísticos e científicos aprendidos durante o desenvolvimento de um projeto de letramento, que teve como produto final o hipergênero “bichopédia” (BONINI, 2011), cuja principal constituição é feita pelo gênero verbete. Para embasar teoricamente a presente pesquisa, utilizamos diversos autores. No tratamento de questões referentes ao Interacionismo Sociodiscursivo, usamos, principalmente, Bronckart (2009) e Schneuwly e Dolz (2004). No intuito de trazer conhecimentos sobre os verbetes, apoiamo-nos em Porsche, Battisti, Dal Corno, Pozenato (2009), Fontana (2009) e Dionísio (2010). Para abordar a modelização do gênero verbete, usamos Machado e Cristóvão (2006), Barros (2012) e Szundy (2010), as quais relacionam-se aos viés teórico-metodológico do ISD. Uma vez que defendemos um ensino de línguas imerso em práticas sociais e culturais, utilizamos as teorias de Letramento para orientar nosso trabalho, principalmente dos autores como Magda Soares (1998, 2008), Street (1984, 2014) e Ângela Kleiman (1999, 2007), sendo esta também o aporte teórico principal para abordar a importância dos projetos de letramento na escola. Nos últimos anos, foi crescente a preocupação com o Letramento Científico na área das ciências naturais e humanas, cujos principais teóricos advogam uma relação entre ciências e práticas sociais. Autores como MottaRoth (2009), Mendonça e Bunzen (2013), Krasilchik e Marandino (2007), Izabel Martins (2010) e Mortimer, Vieira e Araújo (2010), dentre outros, discorreram sobre essa importante relação, os quais também embasaram nosso percurso de escrita deste trabalho. A metodologia utilizada para comprovar tal afirmação foi a pesquisa-ação, que apontou para o desenvolvimento das capacidades de linguagem por parte dos discentes; além disso, evidenciou a importância do projeto de letramento para a aprendizagem de aspectos linguísticos e científicos. A pesquisa mostra que o gênero verbete, modelizado para indicar as dimensões ensináveis do gênero, é um recurso potencial na aprendizagem de conhecimentos científicos, principalmente na sua circulação social, como numa enciclopédia. Palavras-chave: Verbete; Letramento Científico; Linguagem e Ensino de C