Por que as pessoas votam? Uma abordagem perspectiva do comparecimento eleitoral do juizforano nos três níveis do executivo do Brasil entre 1996-2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Soldati, Franklin lattes
Orientador(a): Magalhães, Raul Francisco lattes
Banca de defesa: Jorge, Vladimyr Lombardo lattes, Souza, Diogo Tourino de lattes, Delgado, Ignacio José Godinho lattes, Neubert, Luiz Flávio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6131
Resumo: O estudo propõe o conceito de uma Ontossociologia a partir da análise comparada do comportamento eleitoral na cidade de Juiz de Fora e de outros importantes municípios, nas eleições para o executivo no Brasil no período 1996-2014. Nele pretendeu-se comprovar que o comportamento eleitoral do juizforano pode ser lido sob quaisquer variáveis componentes do ato eleitoral. Como objetivo demonstrar que Comparecer às urnas de votação, de alguma forma, tende a indicar que o eleitor acata o sistema político eleitoral por se sentir incluído nos benefícios societários. “Abster-se“, por outro lado, tende a representar que o eleitor sente-se excluído das benesses sociais produzidas pela sociedade. ”Votar Válido” representaria concordar de algum modo com as listas eleitorais. “Votar Nulo” é discordar das mesmas listas, enquanto “Votar em Branco“ é o medo de realizar escolhas eleitorais. Como consequência desses resultados a proposição do conceito de uma Ontossociologia. Por isto, após uma revisão da literatura da área, e de seguir as pistas de uma tradição de estudos político eleitorais, o sentido da tese rumou à proposta de resignificar o conceito de engajamento eleitoral ao adicionar à ideia de “Alienação Eleitoral“, sua contraparte, a de uma “Efetividade Eleitoral“. A pesquisa ainda propiciou rearranjar o conceito de Comportamento Eleitoral. Assim, “Comparecer“ e “Votar Válido“ ou “Votar Nulo“ pode ser entendido como “Aceitação das Listas Eleitorais”, pois de alguma forma o eleitor é beneficiário dos dividendos produzidos pela sociedade, situação em que o eleitorado concorda com o sistema político eleitoral. De outra parte ”Abster-se” ou ”Votar em Branco” demonstraria ”Rejeição às Listas Eleitorais”, pois representa a exclusão social desse tipo de eleitor, em que o eleitor nega o modelo adotado. O estudo ainda permitiu incluir a ideia de um continuum entre sofisticação política e indigência social. O primeiro polo representaria o cidadão ativo, capaz de pensar e de viver a política ativamente enquanto o segundo polo é representado pelo sujeito que por algum motivo não somente se abstém dos processos eleitorais mas foi abandonado / abandonou os laços sociais comunitários e perambula. Tudo redunda na possibilidade que o alcance dos índices eleitorais propostos interfira na análise da fragmentação parlamentar e em consequente análise da estabilidade política do país dada a atual configuração do sistema político eleitoral, com representação proporcional específica. A construção de modelos ideal típicos denominados de Grupos Políticos Primários e Grupos Políticos Secundários, pensados para conter as motivações políticas primevas, determina o “conceito” e conclui a tese.