Biodiversidade de potenciais vetores de riquétsias e mosaico epidemiológico da Febre Maculosa no estado do Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Durães, Liliane Silva lattes
Orientador(a): Gazêta, Gilberto Salles lattes
Banca de defesa: Nogueira, Mário Círio lattes, Pinheiro, Ralph Maturano lattes, Amorim, Marinete lattes, Oliveira, Stefan Vilges de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12230
Resumo: A Febre Maculosa (FM) é uma doença causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas principalmente por carrapatos. Seus cenários ecoepidemiológicos variam no espaço e podem variar no tempo em função das transformações do ambiente. É a principal doença transmitida por carrapatos para humanos no Brasil e o estado do Paraná (PR) é o sexto maior notificador do país, sem haver, contudo, informações sobre seu ciclo nos locais prováveis de infecção dos diferentes cenários do PR.Durante investigações de casos ou vigilância de ambiente para FM, foram coletados 28.517 artrópodes no PR, dentre eles espécies sabidamente ou potencialmente envolvidas no ciclo da FM,como Amblyomma sculptum, Amblyomma aureolatum, Amblyomma ovale, Amblyomma dubitatum, Amblyomma parkeri, Ctenocephalides felise Rhipicephalus sanguineus sensu lato.Foram detectadas Rickettsia asemboensis, Rickettsia bellii, Rickettsia felis, Rickettsia parkericepa Mata Atlântica e CandidatusRickettsia paranaensis. Foi confirmado que a abundância de ectoparasitos está associada aos hospedeiros específicos e ambiente de coleta. A circulação de riquétsias foi observada para 48 municípios, pertencentes a 16 Regiões de Saúde (RS). Quanto aos indicadores sociodemográficos e assistenciais, a circulação ocorreu em grande parte nas RS mais urbanizadas, com maior Produto Interno Bruto per capita, menor cobertura da Estratégia de Saúde da Família e com maior razão de leitos no Sistema Único de Saúde por mil habitantes. Já nas variáveis ambientais, a circulação se deu predominantemente nas RS de áreas de tipo climático subtropical com verão quente (Cfa) e com formação fitogeográfica do tipo floresta. Quanto aos usos do solo, a circulação foi em áreas com agricultura, pastagem e campo e cobertura florestal. As riquétsias circularam por quase todas as bacias hidrográficas do PR. Os resultados obtidos neste estudo nos permitiram um primeiro reconhecimento descritivo da FM no PR, bem como sua dinâmica ecoepidemiológica, que se mostrou bastante heterogênea, tendo os cenários analisa dos aspectos bem relacionados aos focos, com os casos variando clinicamente no espaço, ilustrando a complexidade de cenários no PR. Devido à diversidade de cenários no PR, intervenções em saúde pública são necessárias para uma melhor compreensão da dinâmica e dos fatores de vulnerabilidade da FM no estado.