A construção social do morador de rua: o controle simbólico da identidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Igor de Souza lattes
Orientador(a): Fernandes, Dmitri Cerboncini lattes
Banca de defesa: Silva, Cristina Dias da lattes, Arribas, Celia da Graça lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2199
Resumo: Este estudo tem como objetivo discutir a questão da identidade do morador de rua a partir da produção simbólica e de sua vinculação à estrutura social, demonstrando como essa constituição está incrustada nas ideologias neoliberais e nos processos de controle e dominação, por exemplo, na transformação da necessidade em escolha, denominada aqui “mito da escolha masoquista”. Nesse sentido, busca-se desconstruir algumas ideologias, que inclusive perpassam a constituição dessa identidade e da formação desses indivíduos, como a “invisibilidade” do morador de rua, a redução do problema a uma dimensão meramente econômica, expressa na classificação “sem-teto”, e a forma policialesca com que são percebidos. Discute-se também como a mão de obra do lumpem se transformou de exército reserva dos empregos fabris em um trabalho autônomo-dependente, não reconhecido sequer como trabalho. A questão principal é a de entender como ser “morador de rua” indica muito mais do que o local onde se dorme, assumindo uma localização em referência ao trabalho, familiar e moral do indivíduo, o que acaba se refletindo no meio acadêmico e em políticas institucionais, dentre elas as formas higienista, domesticadora e piedosa de perceber e atentar para os moradores de rua.