Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Bisaggio, Eduardo Lage
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Orientador(a): |
Rocha, Cézar Henrique Barra
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Banca de defesa: |
Ruiz, Carlos Ramón
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Carvalho, Fabrício Alvim
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2087
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Resumo: |
Populações bubalinas ferais (Bubalus bubalis) são conhecidas por provocarem significativos impactos ambientais em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Uma dessas populações se encontra na Reserva Biológica do Guaporé, situada no Vale do Guaporé, Rondônia. A chegada dos búfalos no Vale ocorreu por volta da década de 1950, quando 66 animais foram trazidos para uma fazenda vizinha à Reserva. Com o abandono da fazenda, os búfalos permaneceram sem controle, aumentaram em número (atualmente estimado aprox. 4.000 cabeças) e provocaram significativas alterações ambientais na região da Reserva. Poucas medidas trataram a questão e quase nada se conhece sobre os búfalos da região. Com isso, o presente trabalho busca mapear a área de ocorrência dos animais na Reserva e fornecer propostas para o manejo da espécie. Além disso, indica como os prováveis impactos ambientais dos búfalos sobre a Reserva podem ser monitorados e avaliados. Para o mapeamento da área, três sobrevôos foram realizados. Os dados obtidos em GPS foram transferidos para softwares, os quais forneceram uma área ocupada total de 49.311 há (aprox. 8% da Reserva). Ela é composta predominantemente por campos naturais (62,5%), seguidos de 25,1% de florestas e ecótonos e 12,4% de buritizais. Da área total, 18.706 ha estão densamente ocupados por búfalos. A presença de cursos d’água perenes e grandes extensões de florestas, bem como aspectos inerentes à espécie, contribuem para a delimitação dos búfalos em uma única área. A soma da área ocupada na Reserva com a área da Fazenda Pau D’Óleo (local de introdução inicial) resulta em 60.300 ha ocupados. Existem diferentes indícios de alterações ambientais na área ocupada. Os búfalos são a principal ameaça aos ecossistemas da Reserva. Existe alto potencial de dispersão dos animais para terras vizinhas à área ocupada. Para solucionar a questão, duas propostas de erradicação foram apresentadas. A primeira constitui no abate massivo de animais e a segunda em campanhas sucessivas de esterilização. Aspectos éticos, econômicos e logísticos são avaliados. Entretanto, tais medidas de controle somente podem ser adotadas caso existam as necessárias condições de execução. Independentemente da decisão tomada, o monitoramento da população bubalina é indispensável. |