“Os hereges estão chegando”: o impacto da chegada do protestantismo ao Brasil nas páginas de O Apostolo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Macário, Luís Felipe Lobão de Souza lattes
Orientador(a): Simões, Maria Cecília dos Santos Ribeiro lattes
Banca de defesa: Daibert Júnior, Robert lattes, Ribeiro, Claudio de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00300
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14779
Resumo: Dissertação que estuda o comportamento da ala ultramontana da Igreja Católica Apostólica Romana, no Brasil, à chegada do protestantismo ao país, refletida nas páginas de O Apostolo, órgão católico de imprensa da segunda metade do século XIX, publicado na cidade do Rio de Janeiro, entre 1866 e 1901. Foi utilizado o método hipotético, tomando como fonte principal o referido periódico e como recorte temporal o momento em que ele foi publicado sob o pontificado do papa Pio IX, procurando – através de leituras exploratórias, analíticas, interpretativas e críticas – destacar: textos que vinculem o periódico ao ultramontanismo em curso na Europa e ao movimento reformador da Igreja Católica no Brasil; textos que demonstrem a intransigência do clero católico reformador quanto à ortodoxia estabelecida pelo papado durante o século XIX; referências a outras igrejas cristãs que demonstram a indisposição do clero católico reformador ao diálogo com elas ao longo do século XIX. Partindo de uma contextualização da situação do catolicismo, na Europa e Brasil, desde fins do século XVIII e, principalmente, ao longo do século XIX, e da constituição de uma imprensa católica, lá e cá, no mesmo período, o estudo tem, por conclusão, que O Apostolo funcionou como fiel porta-voz do clero católico ultramontano brasileiro na segunda metade do século XIX, refletindo como a aproximação entre esta ala do clero brasileiro e Roma constituiu causa fundamental para que não houvesse qualquer possibilidade de aproximação da hierarquia católica com outras denominações cristãs que começavam a chegar ao Brasil naquele momento.