Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Castro, Mariana Monteiro de
 |
Orientador(a): |
Prezoto, Fábio
 |
Banca de defesa: |
Giannotti, Edilberto
,
Cortes, Simone Alves de Oliveira
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
|
Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3009
|
Resumo: |
A vespa social Mischocyttarus cassununga ocorre no sudeste do Brasil, Bahia e Santa Catarina e apresenta fundação do tipo independente por meio de uma fêmea inseminada ou por uma associação destas fêmeas, sendo o papel social dos indivíduos determinado por meio de interações de dominância. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o desenvolvimento dos estágios imaturos e analisar a ocorrência de oofagia durante as fases de pré e pós-emergência e sua relação com os fatores climáticos, além de identificar e relacionar as interações de dominância com a atividade forrageadora e verificar a participação da fêmea α no controle das atividades das forrageadoras de M. cassununga nas fases de pré e pós-emergência em ambiente antropizado. O estudo foi realizado em Juiz de Fora de julho/2008 a junho/2009, através de mapeamentos semanais em 60 colônias e de 150h de filmagens em cinco colônias. A duração média dos estágios imaturos nas fases de pré e pós-emergência foram de 13,2 ±4,2 (6-24) e 14,4 ±5,2 (6-28) dias para ovos, 34,8 ±11,9 (15-69) e 32,2 ±7,7 (18-55) para larvas e 17,4 ±6 (7-29) e 18,5 ±5,3 (629) para pupas, respectivamente. Não houve diferença para a duração entre as fases de desenvolvimento e entre as estações do ano. A média registrada da fase de ovo até a emergência adulto foi de 65 dias. Houve maior incidência de oofagia em pré do que em pós (x2=11,852; p=0,007) e diferença para a razão entre oofagia/célula (U=58; p=0,023). Houve maior ocorrência de oofagia na estação chuvosa (x2=53,878; p<0,001). Foram descritos para o etograma cinco atos de dominância e quatro de subordinação. A fêmea α permaneceu na primeira posição do rank, com maior frequência de comportamentos de dominâcia na pré (U=3; p=0,047) e na pós (U=3; p=0,047). Houve correspondência entre o Índice de Dominância e a Matriz de Dominância em 4 das 5 colônias para a posição da fêmea α, que participaram menos das atividades forrageadoras do que as demais na pré (x2=63,131; p<0,001) e na pós (x2=51,882; p<0,001). As saídas foram influenciadas pela fêmea α na pré (x2=10,652; p=0,001) e na pós (x2=52,509; p<0,001). A quantidade de retornos das forrageadoras provenientes de saídas influenciadas em que houve coleta de carboidrato foi superior aos demais na pós (x2=38; p<0,001) e a fêmea α teve participação em todos os retornos com recursos. Foram identificadas diferentes rotas das forrageadoras ao retornarem à colônia com os recursos 7 coletados no forrageio. Portanto, foi verificado que a fêmea α induz as saídas das forrageadoras e controla os retornos das mesmas à colônia. |