Influência da profundidade de preparo intracâmara no desempenho biomecânico de dentes com restaurações endocrown

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Mariele Ferraz de lattes
Orientador(a): Carvalho, Fabíola Galbiatti de lattes
Banca de defesa: Laxe, Laísa Araújo Cortines lattes, Simamoto, Veridiana Resende Novais lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12175
Resumo: Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a influência da profundidade de preparo intracâmara pulpar no desempenho biomecânico in vitro de restaurações endocrown em molares confeccionados em diferentes materiais cerâmicos. Cinquenta molares hígidos com dimensões aproximadas, foram divididos em 5 grupos (n=10). Os dentes foram seccionados 2 mm acima da junção amelo-cementária e tratados endodonticamente, exceto grupo controle (GC). Em seguida, foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupos (n=10), de acordo com o material cerâmico da endocrown e a profundidade intracâmara, respectivamente: EX2- dissilicato de lítio (IPS e.max CAD)/ 2 mm; EX4- (IPS e.max CAD)/ 4 mm ; EN2- cerâmica infiltrada por polímero (VITA Enamic)/ 2 mm; EN4- (VITA Enamic)/ 4 mm. Para a confecção das restaurações endocrowns, todos os preparos foram escaneados e as mesmas obtidas pelo método CAD/CAM. Em seguida, as endocrowns foram condicionadas com ácido fluorídrico 5%, o silano foi aplicado e foram cimentadas com cimento resinoso autoadesivo (Rely-XTM U200). Após, as amostras foram submetidas à ciclagem térmica (5.000 ciclos), à fadiga mecânica (600.000 ciclos com carga axial de 125 N com 4 Hz), teste de resistência a fratura (carga 1,8 Kg, 1mm/min) e análise do padrão de fratura. Two-way ANOVA e teste de Tukey foram utilizados para comparação entre os diferentes materiais investigados e as diferentes profundidades de preparo intracâmara pulpar. A comparação dos grupos com o grupo controle foi avaliada pelo teste de Dunnett (α=0,05). Os resultados de resistência à fratura mostraram que houve significante interação entre os fatores material e profundidade (p= 0.020). Comparando a profundidade de preparo intracâmara pulpar para cada material houve diferença estatística significante para o grupo de dissilicato de lítio, de forma que EX4 apresentou maior resistência à fratura (2060,6 ± 503,0 N) comparada a EX2 (1433,5 ± 260,0 N) (p= 0,040). Não foi observada diferença significante entre os grupos EN2 (1147,9 ± 337,5 N) e EN4 (1048,2 ± 208,8 N) (p= 0,07). EX4 mostrou maior resistência à fratura comparado ao grupo EN4 (p= 0,001), porém EX2 e EN2 não houve diferença significante entre a resistência à fratura dos materiais (p=0,08). Ao comparar os materiais cerâmicos nas diferentes profundidades intracâmara com o grupo controle (1663,8 ± 552,0 N), somente o grupo EN4 apresentou diferença significante (p= 0,040), mostrando menor resistência à fratura (1048,2 ± 208,8 N). Fraturas irreparáveis foram observadas na sua maioria tanto no grupo de dissilicato de lítio quanto no grupo da cerâmica infiltrada por polímero. As endocrowns confeccionados com cerâmicas de dissilicato de lítio sofreram influência da profundidade de preparo intracâmara pulpar, apresentando maior resistência à fratura em profundidade de 4 mm. Não houve diferença da resistência à fratura nas diferentes profundidades para as endocrowns confeccionadas com enamic.