Políticas públicas para a juventude no Brasil e na Colômbia: da formação da agenda à institucionalização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: González, Carlos Alberto Moreno lattes
Orientador(a): Paula, Christiane Jalles de lattes
Banca de defesa: Chaloub, Jorge Gomes de Souza lattes, Fraga, Paulo César Pontes lattes, Rodríguez, Carlos Arturo Reina lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16658
Resumo: Este estudo aborda a questão da juventude e sua relação com a formação da agenda de políticas públicas para os jovens. Este grupo demográfico é diverso e complexo, com diferentes perspectivas e necessidades. Compreender essas diferenças é essencial para desenvolver políticas eficazes que abordem as preocupações dos jovens em todos os seus aspectos, não apenas na educação, no emprego e na saúde. A análise centra-se nos processos de formulação de políticas de juventude na América Latina, especialmente no Brasil e na Colômbia, a partir de uma perspectiva histórica. Está dividida em três momentos-chave: a celebração do Ano Internacional da Juventude em 1985, a formulação de políticas de juventude na América do Sul no início dos anos 2000 e a análise das atuais políticas públicas de juventude numa perspectiva sincrônica. Além disso, sugere-se que o foco na inovação e no incrementalismo pode ser crucial para lidar com as realidades e necessidades em constante mudança da juventude na região. O objetivo geral é analisar os processos de construção de políticas públicas de juventude, com ênfase no Brasil e na Colômbia, desde a preparação do Ano Internacional da Juventude em 1985. O que implica compreender a concepção de juventude presente na agenda política desses países. Metodologicamente, optou-se por um tipo de pesquisa descritivo-qualitativa, que envolveu a coleta de dados diretamente dos atores envolvidos na formulação de políticas de juventude. O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira consistiu em uma pesquisa bibliográfica que permitiu a reinterpretação das fontes e contribuiu para a compreensão do objeto de estudo, que é a inclusão dos jovens nas políticas sociais da região. A segunda fase envolveu uma abordagem empírica com atores-chave, com foco nos especialistas em políticas de juventude, por meio de análise bibliográfica e análise de conteúdo. As conclusões ressaltam o crescente interesse e reconhecimento dos jovens nas políticas públicas na América Latina, especialmente no Brasil e na Colômbia, em consonância com as resoluções da ONU que promovem a participação ativa dos jovens como agentes de mudança na construção das sociedades. Ao longo das décadas, houve uma transformação significativa na forma como a juventude é percebida na América Latina, o que é fundamental para a construção de políticas públicas que atendam às suas necessidades e desafios específicos. Como principais resultados, destaca-se a criação de agências governamentais dedicadas às políticas para jovens. Esses órgãos têm o objetivo de formular e coordenar políticas específicas para os jovens, refletindo uma abordagem mais abrangente e específica de suas necessidades e aspirações. Apesar do progresso, o estudo evidencia que ainda existem desafios importantes em termos de igualdade de oportunidades e participação plena dos jovens. O estudo enfatiza a importância da participação ativa dos jovens na formulação e implementação de políticas públicas, enriquecendo a tomada de decisões democráticas por meio da inclusão de diversas perspectivas.