Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Matheus Caiano Simões
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Orientador(a): |
Castañon, Gustavo Arja
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Banca de defesa: |
Lourenço, Lélio Moura
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Krüger, Helmuth Ricardo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/801
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Resumo: |
Esta pesquisa aborda o tema do arcabouço conceitual da Terapia Construtivista, e mais especificamente, de suas afiliações epistemológicas. A importância deste trabalho é baseada no fato de que o Construtivismo enquanto enfoque terapêutico é recente e inovador, e sua produção teórica têm crescido significativamente, mas suas posições epistemológicas permanecem obscuras e com poucos estudos sistematizados. Assim, torna-se uma necessidade o entendimento filosófico mais consistente e claro sobre tais posições, auxiliando os profissionais adeptos desta corrente em psicoterapia a tornar sua prática mais respaldada e consistente. O objetivo deste trabalho é estabelecer as posições epistemológicas assumidas explícita ou implicitamente pelos principais autores da Terapia Cognitiva Construtivista e esclarecer quais as diferenças nos pressupostos epistemológicos assumidos por estes autores. Para atingir esses objetivos foram determinados em pesquisa histórica e teórica os principais autores construtivistas. Com base nas fontes primárias dos autores em questão, foi realizada uma análise lógica das posições estabelecidas para determinar o nível de consistência de suas obras em relação à determinada teoria epistemológica declarada como base, assim como a possível existência de um núcleo básico de crenças compartilhado entre eles. O enfoque construtivista nas Terapias Cognitivas constituiu-se num marco da revolução em psicoterapia. Tal abordagem psicoterápica deve seu nome à concepção acerca dos processos de obtenção do conhecimento como sendo primariamente afetivos; assim como uma concepção acerca do ser humano como ativo, e não passivo, na construção dos significados na experiência vivida, de modo que esta concepção impõe uma série de mudanças e especificidades na prática psicoterápica. A psicoterapia construtivista apresenta importantes diferenças em suas bases epistemológicas, de maneira que os pressupostos que dizem respeito à relação observador/observado, sujeito/objeto, à noção de realidade, conhecimento e verdade, enfim, aos aspectos da interação entre organismo e ambiente apresentam grandes variações. Sendo assim, o construtivismo compartilha uma instância epistemológica comum, e mesmo havendo diferenças perceptíveis entre as várias terapias sistêmicas, elas concordam em considerar o conhecimento como um processo de construção, em vez de uma representação direta da realidade. Considerando que o conhecimento do mundo externo é ativamente construído pelo sujeito observador num dado contexto social, a ideia de que existe um conhecimento totalmente verdadeiro acerca da realidade desaparece. Dessa forma, a formulação de que a realidade pode ser interpretada de várias maneiras é partilhada por muitos construtivistas. Os terapeutas construtivistas, então, rejeitam os pressupostos do objetivismo tradicional de forma que uma psicoterapia construtivista não acredita na existência de apenas uma avaliação da realidade e que nenhum nível de conhecimento possa ser, em última análise, validado por qualquer autoridade absoluta. |