Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Calderano, Camila Fonseca de Oliveira
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Orientador(a): |
Nogueira, Nícea Helena de Almeida
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Banca de defesa: |
Teixeira, Pedro Bustamante
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Pires, André Monteiro Guimarães Dias
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Tófoli, Luciene Fátima
,
Oliveira, Edmon Neto de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12130
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Resumo: |
A presente pesquisa buscou chaves interpretativas a partir do estudo da configuração do narrador em cinco romances de Chico Buarque: Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003), Leite derramado (2009) e O irmão alemão (2014). Percebemos narradores que se deslocam do entorno. São estrangeiros, ambíguos, duplos e intempestivos. Partimos dos estudos sobre a Narratologia e fizemos um movimento no sentido de analisar a problemática conceitual em torno da figura literária do narrador em relação ao seu lugar dentro da narrativa, suas variações e denominações. Percebemos em que medida a utilização do narrador protagonista, cujo ponto de vista orienta a trama, (e as especificidades de outras ferramentas subjacentes, como o fluxo de consciência, o narrador câmera e elementos picturais), guarda relação com os paradigmas da contemporaneidade nos romances analisados. Também fez parte deste estudo a discussão da figura do autor e seu reposicionamento na Literatura Contemporânea com o advento de espaços narrativos que abrigam a autoficção, além da reflexão sobre o papel da mídia em relação a esse autor e ao sistema mercadológico quando da emergência de novos espaços de recepção. Traçamos também um paralelo com o conceito de contemporaneidade de Giorgio Agamben, haja vista a tese central sobre o contemporâneo. Percebemos a construção de uma narrativa calcada na negatividade do sujeito, sendo ele, na maioria dos romances, o polo narrativo mediador. Essa negatividade se apresenta de formas distintas, porém, aproximadas. Percebemos, na ruína dos narradores buarquianos, a efetivação de um discurso capaz de, na fissura do tempo presente, revelar a construção caótica daquele que outrora fora o representante da narrativa que perpetuava valores etnocentrados, socialmente estáveis e reconhecidamente válidos. Assim, é a linguagem, por meio de suas ferramentas, que estabelece uma descontinuidade das expectativas de referências habituais nos romances analisados. |