Brincar(es) na infância: possibilidades no contexto da doença falciforme e da hemofilia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Luciana da Silva de lattes
Orientador(a): Silva, Léa Stahlschmidt Pinto lattes
Banca de defesa: Borba, Angela Meyer lattes, Freitas, Maria Teresa de Assunção lattes, Lopes, Jader Janer Moreira lattes, Marques, Luciana Pacheco lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2693
Resumo: O presente estudo investigou como o brincar se faz presente no cotidiano de crianças portadoras de doença falciforme e de crianças portadoras de hemofilia. Trata-se de sujeitos que possuem uma doença crônica no sangue, com a qual terão de conviver ao longo de toda a vida. Devido a isso, demandam cautela quando à prática de atividades extenuantes. A fim de responder minha questão, decidi realizar uma triangulação envolvendo entrevistas com as mães, desenhos com as crianças e observação do contexto escolar em que estão inseridas. Os achados foram analisados na perspectiva do paradigma indiciário na linha de Ginzburg, compreendendo que cada dado se constitui como peculiar. Como respaldo teórico, busquei as contribuições de dois grandes autores: Winnicott e Vigotski. O primeiro foi médico pediatra e, ao imbricar-se no mundo da psicanálise, buscou compreender questões diversas da natureza humana, dentre as quais o brincar. Com base em suas contribuições, desvelei, junto à maternagem suficientemente boa, o contexto familiar da doença, bem como a relação do brincar com a saúde. Com Vigotski, na linha do materialismo histórico-dialético, busquei compreender os aspectos do brincar no espaço da vida, entre as pessoas e as instituições que medeiam as relações construídas socialmente. É esse autor quem me auxilia a dialogar com as crianças e a compreender tanto as possibilidades do brincar, como o contexto escolar dos sujeitos pesquisados. Os achados me levaram a concluir que, apesar de demandar certos cuidados para a manutenção do bem estar do sujeito, a doença falciforme e a hemofilia não impedem que a criança tenha qualidade de vida e que o brincar, mesmo nas ocasiões mais delicadas, em que os sintomas se agravam, não apenas pode ser exercido e explorado, como contribui para a promoção da saúde.