Aspectos antropométricos, cardiovasculares e de aptidão física: comparação entre normotensos e hipertensos idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bem, Erasmo Montes Assis de lattes
Orientador(a): Queiroz, Andréia Cristiane Carrenho lattes
Banca de defesa: Silva, Clarice Lima Álvares da lattes, Rodrigues, Suely Maria lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7900
Resumo: Com o processo de envelhecimento ocorrem modificações no perfil antropométrico e fisiológico, podendo ser acompanhado pelo aumento da prevalência de doenças cardiometabólicas, como a hipertensão arterial sistêmica. É possível que a presença da hipertensão arterial sistêmica possa estar associada à piora de parâmetros de saúde nos idosos. O objetivo do presente estudo foi comparar os aspectos antropométricos, cardiovasculares e de aptidão física entre normotensos e hipertensos idosos. Setenta e quatro idosos (68,5±1,1 anos) sem complicações osteomusculares foram estratificados em dois grupos: normotenso (G1) e hipertenso (G2). Estes indivíduos participaram de uma entrevista estruturada para obtenção de dados sobre perfil da caracterização sócio demográfica, características gerais, condição de saúde e física. Em seguida foram realizadas as avaliações cardiometabólicas, antropométricas e de aptidão física. Os dados contínuos foram comparados através do Teste-T independente e as relações dos dados discretos foram testadas através do teste qui-quadrado. Em comparação com os normotensos, os hipertensos apresentaram maior circunferência de cintura (93,3±1,9 vs. 99,1±2,0 cm; P=0,023, respectivamente) e maior duplo produto (9339,5±217,8 vs. 10605,4±283,3 mmHg.bpm; P=0,001, respectivamente). Ocorreu relação significante entre o grupo hipertenso e a maior presença de diabetes (5,4% vs. 20,3%; 0,043), dislipidemia (2,7% vs. 21,6%; 0,005) e risco cardiovascular muito aumentado (18,9% vs. 41,9%; 0,029). Não ocorreram relações significantes entre a presença de hipertensão arterial sistêmica e as variáveis de sobrepeso (26,8% vs. 42,3%; 0,306) e presença de cardiopatia (4,1% vs. 12,2%; 0,163). Nos testes de aptidão física, não ocorreram diferenças significantes entre os grupos normotensos e hipertensos (Resistência abdominal: 4,0±1,6 vs. 2,6±1,1 repetições; P=0,462. Flexibilidade de membros inferiores: 23,0±2,4 vs. 22,6±1,9 centímetros; P=0,878. Flexibilidade de ombros: -2,8±1,3 vs. -5,5±1,5 centímetros; P=0,157. Potência de membros inferiores: 13,1±1,2 vs. 12,0±0,9 centímetros; P=0,460. Força de membros superiores: 26,8±1,7 vs. 26,6±1,6 kg; P=0,955), respectivamente. Pode-se concluir que os hipertensos idosos apresentaram relação com o maior risco cardiovascular e apresentaram maior trabalho cardíaco em repouso. Embora os hipertensos apresentem diferenças antropométricas e cardiovasculares, eles apresentam aptidão física similar aos normotensos.