Implicações da esplenectomia e do transplante autógeno de baço na resposta imunológica contra Listeria monocytogenes e Escherichia coli em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Perobelli, Suelen Martins lattes
Orientador(a): Teixeira, Henrique Couto lattes
Banca de defesa: Nunes, Sérgio Ibañez lattes, Diniz, Cláudio Galuppo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2816
Resumo: A esplenectomia é procedimento comum em casos de traumas abdominais, nesses casos o transplante autógeno de baço é a única alternativa para se preservar as funções deste órgão. Foi descrito que a ocorrência de sepse por Escherichia coli é maior em animais esplenectomizados. Entretanto, na infecção por Listeria monocytogenes indivíduos esplenectomizados são capazes de controlar melhor a progressão da infecção em comparação a indivíduos que possuem o baço intacto. Neste trabalho avaliamos o efeito da esplenectomia e do transplante autógeno de baço na capacidade de camundongos BALB/c de controlarem a infecção por L. monocytogenes e E. coli. Nós avaliamos a infecção através da técnica de CFU de bactérias no fígado. O IFN- foi avaliado por ELISA em amostras de fígado e baço, e o óxido nítrico através do método de Griess. Nossos resultados confirmam que animais esplenectomizados (SP) apresentam menor número de L. monocytogenes e maior número de E. coli no fígado (P<0.05) em comparação aos animais controle não esplenectomizados (CT). Os animais que receberam o transplante autógeno de baço no retroperitônio (RP) ou no grande omento (GO) apresentaram uma contagem de bactérias no fígado semelhante à do grupo CT nas duas infecções. Animais SP infectados por E. coli ou L. monocytogenes apresentaram maior produção de IFN- e óxido nítrico no fígado em comparação aos outros grupos estudados. Na infecção com L. monocytogenes camundongos SP tiveram maior acúmulo de células mononucleares no fígado, enquanto na infecção com E. coli foram observadas áreas de necrose tecidual no fígado, porém menor número de células inflamatórias, assim como baixos níveis de IgM no soro em comparação com os animais CT, RP e GO. Esses resultados sugerem que na infecção com E. coli a imunidade humoral tenha uma participação importante no controle da infecção. A produção de IFN por células esplênicas, em ambas infecções, foi semelhante nos grupos transplantados em relação ao grupo CT, sugerindo que os fragmentos implantados se comportam de forma semelhante ao órgão original. A realização do transplante autógeno de baço é capaz de reverter o efeito da esplenectomia em ambas infecções estudadas, independente do sítio de implante utilizado.