Estresse, emoções e câncer de mama: relações possíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Espíndola, Andréia Magalhães lattes
Orientador(a): Rodrigues, Antenor Salzer lattes
Banca de defesa: Lisboa, Aline Vilhena lattes, Perucchi, Juliana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2006
Resumo: Os cânceres, ou neoplasias malignas, vêm despontando como uma das principais doenças que acometem a população feminina representando, no Brasil e no mundo, relevante causa de morte entre mulheres adultas. Através da interlocução entre quatro instâncias teóricas (psicossomática, psiconcologia, psiconeuroimunologia e psicanálise) foi desenhado um estudo exploratório cujo objetivo geral era evidenciar a vivência de emoções de medo, luto, depressão na história de vida das mulheres diagnosticadas com câncer de mama e a participação dessas emoções como prováveis estressoras psíquicas no desencadeamento da neoplasia. A amostra foi composta por 15 mulheres diagnosticadas com câncer de mama que estiveram em consulta, tratamento quimioterápico e/ou acompanhamento psicológico (grupal) no Hospital Universitário de Juiz de Fora (HU/UFJF) e Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer). Através de estudos de casos verificou-se a existência de situações de vida conturbadas e geradoras de afetos e emoções conflitantes no período em que o câncer de mama foi descoberto, entre elas o medo e o luto não elaborado. Todas as entrevistadas relataram sintomas de estresse e alterações fisiológicas no período em que vivenciavam algum conflito no período investigado, a partir da vivência de emoções. As emoções de medo sob a forma de expectativa temerosa e os processos de luto mal elaborados, muitas vezes acompanhados de tristeza profunda e episódios de depressão, permearam quase todos os relatos o que sugeriu uma forte relação entre essas emoções e o desencadeamento de reações fisiológicas no organismo levando-o ao adoecimento.