Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Beatriz Figueiraujo Jabour Vescovi
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Orientador(a): |
Alves, Roberto da Gama
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Banca de defesa: |
Bispo, Pitágoras da Conceição
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Roque, Fábio de Oliveira
,
Roland, Fábio
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Ribeiro, Celso Bandeira Melo
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2329
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Resumo: |
O uso dos organismos nas avaliações dos ambientes aquáticos possibilita o entendimento da estrutura e dos processos funcionais destes ecossistemas. A partir das métricas da assembleia de Chironomidae (Diptera) de mesohabitats de remansos e corredeiras, este estudo possibilitou identificar o estado de conservação de nove riachos de baixa ordem pertencentes à sub-bacia do Ribeirão Marmelos, localizado no Município de Juiz de Fora, MG. No primeiro capítulo, o experimento 1 investigou a sucessão de Chironomidae em sacos de folhas de Picramnia sellowii, incubados em remansos e corredeiras em três riachos florestados durante 120 dias. As mudanças na composição e estrutura da fauna foram atribuídas principalmente à perda de massa foliar e à heterogeneidade física do detrito, especialmente após a decomposição atingir 50% (60 dias), quando houve a maior riqueza de táxons. Aos 30 dias, a dominância de larvas de Stenochironomus possivelmente contribuiu para maior fragmentação física do detrito. A ausência de relação entre Chironomidae não minadores e a biomassa de fungos indicou que muitas larvas usaram as folhas apenas como substrato. Entre os mesohabitats houve fraca variação na composição da fauna. O experimento 2, que comparou a fauna de Chironomidae dos sacos de folhas aos 60 dias de decomposição entre os riachos florestados e impactados pela poluição orgânica, detectou nítida diferença na composição de táxons entre os ambientes. As métricas de Chironomidae tiveram forte relação com as variáveis ambientais que distinguiram os riachos preservados e impactados, sugerindo-se o uso desta metodologia para avaliação das condições ambientais de riachos. O segundo capítulo investigou se métricas da assembleia de Chironomidae iriam diferir entre remansos e corredeiras em resposta aos diferentes usos da terra (floresta, pastagem e urbano) em riachos de baixa ordem, no período seco e chuvoso. Foi constatado que a composição de táxons de ambos os mesohabitats e períodos foi a métrica mais sensível ao uso da terra, o que sugere que o uso desta métrica de um ou outro mesohabitat e período estacional para o biomonitoramento, possibilita a obtenção de resultados menos influenciados pela variabilidade natural do ambiente e a diminuição do tempo para o processamento das amostras. No capítulo três foi analisada a concordância taxonômica de grupos bentônicos identificados em diferentes níveis taxonômicos. Gêneros de Chironomidae e gêneros de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) foram concordantes no período de seca e chuva. O mesmo foi constatado para gêneros de Chironomidae e espécies de Oligochaeta. Famílias de macroinvertebrados foram concordantes com gêneros de Chironomidae e gêneros de EPT somente no período seco. Respostas similares às variáveis ambientais foram responsáveis pela concordância entre os grupos, enquanto a proximidade dos riachos resultou na ausência de influencia das variáveis espaciais. Constatou-se ainda, a efetividade da resolução numérica de gêneros de Chironomidae e espécies de Oligochaeta em ambos os períodos do estudo. A porcentagem de perda de informação, (>15%) indicou cautela ao se utilizar dados de presença/ausência destes grupos, sugerindo-se sua utilização apenas para avaliações rápidas em ambientes com diferenças marcadas nas suas condições de conservação. |