Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alves, Ícaro Barbosa
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Orientador(a): |
Mendonça, Raquel Fernandes
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Banca de defesa: |
Barros, Nathan Oliveira
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Bezerra Neto, José Fernandes |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11930
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Resumo: |
Reservatórios artificiais são ambientes de intenso processamento de carbono orgânico (CO). O aprisionamento de altas cargas de sedimentos fluviais combinados com as águas do fundo frequentemente anóxicas, leva a uma preservação eficiente de CO em sedimentos de reservatórios. Ao mesmo tempo em que os reservatórios enterram grandes quantidades de CO, eles são fontes significativas dos gases de efeito estufa dióxido de carbono (CO2) e (CH4) para a atmosfera. As medições precisas do enterro de CO nos reservatórios ainda são muito escassas, bem como a medição de algumas vias de emissão, como por exemplo a emissão de carbono de sedimentos periodicamente expostos paras a atmosfera (emissão pela zonas de deplecionamento). Além disso, muitas das estimativas atuais disponíveis carecem de resolução espacial e temporal. Neste estudo, objetivamos avaliar o enterro de CO nos sedimentos e as emissões de CO2 na área de deplecionamento do reservatório de Chapéu D´Uvas (CDU), localizado no sudeste do Brasil. As abordagens adotadas aqui incluem alta resolução espacial e temporal. A variação no acúmulo de sedimentos no reservatório da CDU (de 0 a 2,8 cm ano-1 ) explicou 70% da variabilidade na taxa de enterro de CO. A taxa média de enterro de CO desde a inundação do reservatório foi de 35 g C m-2 ano-1 , o que é semelhante às taxas encontradas para outros reservatórios tropicais. Nossos resultados sugerem que a erosão do solo na bacia hidrográfica contribui com uma alta parcela da carga de sedimentos do reservatório. As emissões de CO2 na área de deplecionamento do reservatório de CDU foram maiores nos períodos secos (média = 1163 mg C m-2 ano-1 ) em comparação aos períodos chuvosos (526 mg C m-2 ano-1 ). Além disso, os sedimentos secos da área de deplecionamento apresentaram maiores emissões (1316 mg C m-2 ano-1 ) do que os sedimentos úmidos (685 mg C m-2 ano-1 ), embora tenhamos demonstrado que o re-umedecimento de sedimentos por eventos de chuva causa aumento nas emissões. As emissões na área de deplecionamento também foram significativamente maiores à noite do que durante o dia, indicando que medições feitas apenas durante o dia podem subestimar as emissões reais. Concluímos o estudo apresentando um balanço de carbono para o reservatório de CDU, que combina os fluxos medidos neste estudo com os valores da literatura de emissões difusivas e ebulitivas da superfície da água. O enterro de CO no reservatório da CDU representou ~ 30% do total de emissões pelo reservatório (436 t C ano-1 ) ou apenas 17% do total de emissões equivalentes de CO2, ou seja, considerando o potencial de aquecimento global do CH4. |