Nelson Rodrigues na curva de Möbius: entre os campos literário e jornalístico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Tófoli, Luciene Fátima lattes
Orientador(a): Rocha, Enilce do Carmo Albergaria lattes
Banca de defesa: Amaral, Adriana Facina Gurgel do lattes, Fonseca, João Barreto da lattes, Nogueira, Nícea Helena de Almeida lattes, Oliveira, Luiz Ademir de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5451
Resumo: Esta pesquisa visa, num diálogo interdisciplinar entre Literatura, Sociologia e Jornalismo, analisar de que maneira, por meio de sua produção cronística, Nelson Rodrigues conseguiu inscrever e legitimar essa parte de sua obra no campo literário utilizando-se do capital simbólico, das estratégias e técnicas do campo jornalístico. O corpus de análise reúne 242 crônicas de memória e confissão, produzidas entre 1967 e 1974, e reunidas nos livros O óbvio ululante (1993), O reacionário (1995) e A cabra vadia (2001). Todas foram publicadas originalmente nas colunas que Nelson Rodrigues mantinha na Imprensa, principalmente em O Globo. Divididos em quatro eixos temáticos dominantes – política, comportamento, cultura e jornalismo – os textos remontam a um momento importante da história do Brasil, que sofria com um processo tardio de modernidade e com um recrudescimento da cena política, a partir da ditadura militar. Por meio de conceitos operatórios desenvolvidos pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, como Campo, Habitus, Capital e Poder Simbólico, e das teorias de produção e difusão da notícia, procuramos mostrar como Nelson Rodrigues efetuou com maestria o movimento descrito pela curva de Möbius, onde é possível estar dentro e fora do jornalismo e da literatura ao mesmo tempo, onde as fronteiras são esmaecidas, mas permanecem.