Um trem no caminho da ditadura militar : narrativas ressignificadas a partir dos depoimentos para a Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Baltazar, Glória Maria de Oliveira lattes
Orientador(a): Thomé, Cláudia de Albuquerque lattes
Banca de defesa: Reis, Marco Aurelio lattes, Musse, Christina Ferraz lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4494
Resumo: O trabalho tem como principal objetivo entender a ressignificação das narrativas sobre o golpe de 1964 durante a ditadura militar (1964-1985) que vieram à tona nos depoimentos da Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora com ênfase na resistência do sindicato dos ferroviários da Estação de Ferro Leopoldina. Procuramos contextualizar a significativa atuação dos Sindicalistas durante o regime tomando por base a história de Edson Nogueira da Silva que recebeu a ordem para realizar uma das primeiras tentativas de resistência ao golpe militar e atravessar o trem na frente das tropas que o Mourão levava de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro. Esse fato permaneceu silenciado até a instalação da Comissão na cidade de Juiz de Fora e traz consigo outra possibilidade de entender como foi aquele período. Para situar a questão, buscamos analisar o contexto da ditadura com Juiz de Fora, de onde partiu o golpe. As articulações entre militares, sociedade e imprensa. A pesquisa analisou o periódico mais importante da cidade naquela época, o Diário Mercantil, fazendo uma reflexão com outros jornais importantes no país na intenção de detectar o papel da imprensa no momento de repressão. Buscou-se arcabouço teórico nos principais autores de testemunho, memória, silenciamento e história oral para contribuir na reflexão sobre essas lembranças que voltam depois de cinco décadas carregadas de outros significados. Para a análise do depoimento de Edson Nogueira da Silva foram criadas categorias, de acordo com Luiz Gonzaga Motta, para compreender que narrativa é essa contada 50 anos depois do golpe militar.