Redes sociais e comunitárias tecidas por mulheres de baixa renda inscritas em uma organização não governamental: a produção social da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lopes, Renato Luis Barros lattes
Orientador(a): Ribeiro, Luiz Claudio lattes, Oliveira, Deise Moura de
Banca de defesa: Moreira, Tiago Ricardo lattes, Paiva, Sabrina Pereira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14667
Resumo: Introdução: O contexto de vida das pessoas e suas relações do cotidiano influenciam no processo saúde-doença-cuidado dos indivíduos. Dessa forma, as condições de saúde das populações estão diretamente relacionadas ao contexto em que vivem, bem como à posição dos indivíduos na pirâmide social. Dentre os principais determinantes sociais da saúde, destacam-se as redes sociais e comunitárias. Elas têm o potencial de influenciar o nível de saúde de uma população, impactando positivamente sobre a vida desses indivíduos. Objetivo: Compreender como as redes sociais e comunitárias influenciam a produção da saúde de mulheres de baixa renda atendidas por uma Organização não Governamental. Método: Pesquisa qualitativa de cunho descritivo e exploratório com onze mulheres com idades acima de 18 anos, assistidas por uma Organização não Governamental e moradoras de uma comunidade específica, que possui uma Unidade Básica de Saúde com modelo tradicional. Resultado: A compreensão das redes sociais e comunitárias tecidas pelas mulheres da pesquisa apontou que existe uma forte conexão com a comunidade, seja pelas suas estruturas sociais, laços de amizade ou por espaços periódicos de convivência e lazer. Tudo isso conduz à construção de fortes vínculos entre os moradores, produzindo a experiência de se viver em uma grande família e, por isso, sentir segurança em viver ali. Como aspectos enfraquecedores das redes, há a fofoca e as festas com forte relação com uso de drogas que ocorrem ocasionalmente na comunidade. Existe uma forte experiência de solidariedade vivida nas redes locais de mútua ajuda e proteção. Essa rede é potencializada pelas instituições presentes no bairro, especialmente pela ONG a que pertencem as mulheres. Os projetos da ONG estimulam o fortalecimento das redes através de uma convivência qualificada e da minimização de seus potenciais fatores de risco. Existe, ainda, o costume do uso de fitoterápicos estimulado por benzedeiras e mulheres de referência em plantas. Conclusão: As redes sociais e comunitárias tecidas pelas mulheres são claros determinantes sociais de sua saúde. Afinal, contribuem de múltiplas formas para ela, atribuírem suporte material e emocional para sua qualidade de vida, prevenção de morbidades, promoção de cuidados e saúde emocional.