Gente intratável ou fiéis vassalos do rei: poder, motins e armas em Pitangui (1715-1760)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sales, Izabella Fátima Oliveira de lattes
Orientador(a): Oliveira, Mônica Ribeiro de lattes
Banca de defesa: Costa, Ana Paula Pereira lattes, Almeida, Carla Maria Carvalho de lattes, Ferreira, Roberto Guedes lattes, Sampaio, Antonio Carlos Jucá de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7212
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar os diversos perfis de atuação dos grupos sociais que compuseram a elite do termo de Pitangui entre os anos de 1715 a 1760, atentando para suas diferentes relações com a Coroa. Essa temática envolve a questão da conformação e legitimação dos espaços de poder na localidade e as estratégias utilizadas pelos atores, no sentido de alcançarem os mais altos patamares da hierarquia social. Sendo assim, buscamos compreender como o processo de conquista e povoamento da região esteve relacionado com a atuação de um grupo de paulistas que contestava frequentemente as regras estabelecidas pelas autoridades metropolitanas, para fazer valer seus interesses particulares. Esses indivíduos não só se rebelaram, em alguns momentos, contra os desígnios da Coroa, como buscavam submeter e/ou cooptar os demais grupos sociais que se estabeleciam na localidade, baseando-se em suas prerrogativas de primeiros conquistadores. Tal postura de insubmissão explica a imagem tradicionalmente relacionada aos habitantes da Vila de Pitangui e de seu termo pelas autoridades régias, durante a primeira metade do século XVIII, forjada a partir de um contexto marcado por diversos conflitos e motins ocorridos, nas duas primeiras décadas dos setecentos. Por outro lado, buscamos confrontar a imagem do rebelde com o perfil de outro grupo, em que seus integrantes se comportavam enquanto fieis vassalos, ou seja, daqueles cuja relação com a Coroa e suas autoridades locais se baseava, em grande medida, na prestação de serviços à monarquia e na consequente retribuição dos mesmos por parte do monarca, o que garantia a essas pessoas uma série de benefícios e privilégios, contribuindo muito para que elas ocupassem lugares de destaque na pirâmide social. A partir dessa análise, surgiram também trajetórias de indivíduos que não contestavam o poder da Coroa da região, mas que, pelo menos aparentemente, não participaram do governo da municipalidade, perfil de atuação alternativo na constituição da identidade da elite colonial na América Portuguesa.