O interser como proposta existencial no budismo de Thich Nhat Hanh

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lyrio, Zara de Oliveira Freitas Magalhães lattes
Orientador(a): Teixeira, Faustino Luiz Couto lattes
Banca de defesa: Berkenbrok, Volney lattes, Damião Junior, Maddi lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10332
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo principal analisar em que medida o pensamento concebido pelo monge budista Thich Nhat Hanh, em particular o conceito de ‘interser’, pode ser uma proposta na construção de valores que contribuam para uma maior consciência humana da interconexão de todos os seres. Para isso, fez-se necessário apresentar a trajetória de Hanh em pontos históricos relevantes entrelaçados à elaboração de seus ensinos, bem como localizar e relacionar, descrever e explicar em que linhas da Filosofia Budista e em quais conceitos budistas se insere o seu pensamento. Outrossim, buscou-se apresentar um dos insights fundamentais que iluminam o Budismo – a originação interdependente, considerando-a como axioma para o caminhar dentro da proposta soteriológica de Buda, captada por Thich Nhat Hanh. Ademais, examinou-se a conexão entre os aspectos intrínsecos desta doutrina e a ideia existencial do ‘interser’. Com base nisso, fez-se uma descrição de alguns elementos da prática meditativa proposta por esse monge. Na sequência, foram apresentados alguns aspectos expressivos do estado em que se encontra a sociedade contemporânea, sobretudo no que se refere à questão ética e sustentável, analisando-a pela perspectiva do conceito da interexistência. Apontou-se o cuidado como um fator necessário e algumas das práticas propostas pelo monge para compreender de que maneira essas práticas têm o potencial de promover uma sociedade mais dialogal e pacífica, na relação dos seres humanos entre si e com a natureza. Por fim, apresentou-se a prática da atenção plena como potencial para promover uma ampliação da consciência a respeito da existência, de maneira que o praticante possa vivenciar a ideia da interexistência, isto é, a natureza do interser.