Conhecimentos, atitudes e práticas de médicos e enfermeiros da estratégia saúde da família de Juiz de Fora sobre o controle dos cânceres da mama e do colo do útero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Márcia de Castro Martins lattes
Orientador(a): Teixeira, Maria Teresa Bustamante lattes
Banca de defesa: Guerra, Maximiliano Ribeiro lattes, Batiston, Adriane Pires lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11554
Resumo: Os cânceres de mama (CM) e de colo de útero (CCU) devido a sua incidência e mortalidade constituem um problema de saúde pública. O controle destes cânceres através da detecção precoce visa o diagnóstico em fase inicial e consequente melhoria no prognóstico com menor morbidade associada ao tratamento. Para tanto uma atenção básica de qualidade é necessária. Objetivo: Investigar os conhecimentos, atitudes e práticas dos médicos e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre ações de controle do CM e do CCU, preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS). Métodos: Estudo transversal, realizado com médicos e enfermeiros atuantes na ESF do município de Juiz de Fora, MG, utilizando questionário auto-aplicável para investigação das variáveis sociodemográficas, de conhecimento e prática de detecção precoce destes cânceres, coletados no período de abril-agosto de 2019. Resultados: Participaram da pesquisa 170 profissionais, dos quais 46,5% eram médicos e 53,5% enfermeiros. Deste total 71,4% tem 10 anos ou mais de graduação, 78,9% têm pós-graduação e 72% trabalham exclusivamente na ESF. Quanto a capacitação dos profissionais acerca do controle destes cânceres, 72,2% não recebeu ou fez há mais de 3 anos. A maioria dos profissionais (75,6%) demonstrou conhecimento adequado sobre o controle do CM, 61,8% indicaram atitude adequada e 78,4% acusaram prática adequada sobre o controle do CM. Em relação ao câncer de colo de útero, apenas 39,4% alcançaram conhecimento adequado, 59,5% apontaram atitudes adequadas e 77,6% indicaram práticas adequadas sobre o controle do CCU Conclusão: O estudo averiguou importantes lacunas nos CAP sobre as ações do controle do CM e, especialmente do CCU entre os profissionais da rede de atenção básica, resultando em possível obstáculo à melhoria da cobertura destas ações e, portanto, na diminuição da incidência e mortalidade por estes cânceres. A avaliação evidenciou grupos profissionais com CAP inadequados. Conhecimentos para médicos, do sexo masculino, com mais de 50 anos e as práticas e atitudes junto aos mais jovens devem ser incentivados, direcionando o enfrentamento e planejamento do controle destes cânceres.