Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sales, Marcela Mendes
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Orientador(a): |
Duarte, Marco José de Oliveira
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Banca de defesa: |
Berenchtein Netto, Nilson,
Paiva, Sabrina Pereira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Serviço Social
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Departamento: |
Faculdade de Serviço Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11225
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre o modo de produção capitalista e as causas de sofrimento mental nesta sociedade. Para isto, foi desenvolvido um estudo sobre a história da relação de trabalho no interior da sociedade capitalista, priorizando as formas de organização do trabalho desde o início do século XX e as lutas desencadeadas pelos trabalhadores em cada um destes momentos. O estudo realiza o esforço em abordar o tema a partir do método da crítica da economia política como apontado por Marx e Engels. Para aprofundamento do objeto, escolhemos a metodologia de pesquisa qualitativa baseando-se em um estudo teórico-bibliográfico, recorrendo a autores que investigaram a relação saúde e adoecimento a partir de uma análise crítica da sociedade capitalista. Portanto, na análise de revisão sistemática dos autores, no processo de pesquisa para a dissertação de mestrado, estudou-se: As análises de Louis Le Guillant que, após a Segunda Guerra Mundial, desenvolveu, na contramão da psiquiatria de sua época, a Psicopatologia do Trabalho, valorizando a história dos pacientes e, principalmente, sua relação com o trabalho; A partir da Psicodinâmica do Trabalho de Christophe Dejours, sua análise sobre a organização do trabalho e como os trabalhadores criam mecanismos de defesa para suportar o cotidiano do trabalho, e, em particular, nos estudos sobre sofrimento mental relacionado ao trabalho; As contribuições de Asa Laurell e os determinantes sociais da doença; O estudo do Modelo Operário Italiano (MOI), que se tornou uma referência para pensar e abordar as questões do adoecimento no ambiente de trabalho; E, por fim, a Clínica da Atividade de Yves Clot, que em sua abordagem insere as contribuições do Modelo Operário Italiano, a Psicopatologia do Trabalho de Le Guillant e teóricos da psicologia soviética como Vigotski. Como resultado do estudo, ressalta-se a importância desse tema, tanto pela necessidade ainda de aprofundar as pesquisas no campo da saúde e sofrimento mental relacionado ao trabalho tendo em vista a superação da sociedade capitalista, como pela contribuição do mesmo não apenas para área do serviço social mas para os saberes científicos que comprometidos ético-politicamente tomam o trabalho, a saúde e o sofrimento mental dos trabalhadores em tempos sombrios de não garantias de direitos, inclusive de trabalho e saúde, visto que esses estão estreitamente ligados às condições de vida da classe trabalhadora. |