Investimento externo direto e produtividade total dos fatores: uma análise setorial no Brasil (2010-2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Luís Fernando de lattes
Orientador(a): Gonçalves, Eduardo lattes
Banca de defesa: Faria, Weslem Rodrigues lattes, Corrêa, Wilson Luiz Rotatori lattes, Garcia, Renato de Castro lattes, Jayme Júnior, Frederico Gonzaga lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18111
Resumo: Esta tese analisa a relação entre o Investimento Externo Direto (IED) e a Produtividade Total dos Fatores (PTF) em 25 setores da economia brasileira no período de 2010 a 2019, destacando o Brasil como um importante receptor de IED e a PTF como medida de eficiência produtiva. Utiliza-se o método dos momentos generalizados (GMM System) para explorar os determinantes setoriais da PTF e os impactos do IED, controlando por endogeneidade e dinâmica temporal. A metodologia inclui a estimação inicial da PTF com base na função de produção Cobb-Douglas e subsequente análise dos efeitos do IED em conjunto com variáveis como força de trabalho, capital e exportações. Os resultados indicam que o IED pode elevar a PTF ao introduzir inovações tecnológicas e capital produtivo, embora os impactos dependam de condições institucionais, setoriais e da qualificação da força de trabalho. A interação entre o IED e as exportações apresentou efeitos limitados, refletindo a concentração em commodities e a baixa integração tecnológica dos setores exportadores. A força de trabalho, mesmo sem alta qualificação, demonstrou impacto relevante nos ganhos de eficiência produtiva, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas para educação e absorção tecnológica. A tese contribui para o debate acadêmico sobre os efeitos do IED em economias em desenvolvimento, mostrando que seus benefícios dependem de um ambiente institucional favorável e estratégias coordenadas para integração tecnológica e diversificação produtiva.