O telemarketing como formalidade precária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Visser, Ricardo Gervasio Bastos lattes
Orientador(a): Souza, Jessé José Freire lattes
Banca de defesa: Teixeira, Carlos Sávio Gomes lattes, Magrone, Eduardo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2567
Resumo: O presente trabalho tem como empreendimento a compreensão de como algumas mudanças recentes no modo de operação do capitalismo têm relação com novos constrangimentos no mundo do trabalho. Assim, a pesquisa realizada com atendentes de telemarketing tem como função uma apreensão empírico-teórica de como se constrói uma condição precária de existência. Por trabalho (formal) precário entendese um tipo de trabalho específico, pois dificulta a estruturação minimamente estável da existência social, apesar de se estabelecerem vínculos formais de emprego. Este é precisamente o sentido de um emprego como o telemarketing no qual a permanência de um atendente é, em geral, de curta duração. Por outro lado, nos últimos anos ocorre um processo de “democratização” escolar cujo sentido foi o aumento da população escolarizada em termos absolutos. Este processo teve como efeito a injeção de uma força de trabalho de capital escolar socialmente desvalorizado (ou seja, precariamente qualificada) no mercado de trabalho. Estes “jovens” recém saídos do ensino médio vivem sob a necessidade de lidar primeiramente com os constrangimentos e urgências do mundo do trabalho. Esta força de trabalho constitui parte de uma nova classe trabalhadora, mais precisamente em sua fração precarizada, ao qual denominamos de batalhadores.