O tornar-se subjetivo e a interdependência dos conceitos de cristianismo e subjetividade na filosofia de Kierkegaard

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Fernanda Maria Leite Winter de lattes
Orientador(a): Roos, Jonas lattes
Banca de defesa: Pires, Frederico Pieper lattes, Oliveira, Rômulo Gomes de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6817
Resumo: Esta dissertação pretende analisar a relação entre subjetividade e cristianismo no pensamento de Søren Aabye Kierkegaard. Essa reflexão inicia-se com a reivindicação kierkegaardiana de que o cristianismo é um problema subjetivo e com sua consequente oposição a um tratamento objetivo dos conceitos cristãos. Sócrates será apresentado como importante influência sobre a obra do pensador dinamarquês, inclusive sobre o tema da subjetividade. Será analisado através dos pseudônimos Climacus, Haufinienses e Anti-Climacus, de que modo a antropologia kierkegaardiana, fundamentada em categorias cristãs, como aquelas do pecado e da fé, compreende que a subjetividade é a não-verdade e que ela só pode tornar-se a verdade através da relação com Deus, isto é, com o paradoxo cristão do Deus-Homem. No segundo capítulo será analisada a inter-relação entre subjetividade e fé, especialmente a partir da obra Temor e Tremor e, a partir de uma reflexão sobre a dialética “desespero e fé” / “pecado e fé” em A Doença para a Morte, a fé será enfatizada como a própria possibilidade do tornar-se si mesmo/tornar-se subjetivo. O terceiro capítulo apresentará o processo do tornar-se subjetivo como uma tarefa ético-religiosa, especialmente a partir do Pós-Escrito às Migalhas Filosóficas. Posteriormente, o amor será analisado, a partir de As Obras do Amor, como aspecto fundamental da tarefa ético-religiosa, e o processo do tornar-se subjetivo será enfatizado como a tarefa do tornar-se amoroso. Por fim, iremos refletir sobre como a tarefa do tornar-se subjetivo passa a ser também uma tarefa intersubjetiva quando vinculada ao amor.