Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Castro, Luiz Guilherme Amorim de
 |
Orientador(a): |
Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues
 |
Banca de defesa: |
Nogueira, Nícea Helena de Almeida
,
Carrizo, Silvina Liliana
,
Vieira, Else Ribeiro Pires
,
Dutra, Paulo Roberto de Souza
 |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
|
Departamento: |
Faculdade de Letras
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17705
|
Resumo: |
Esta tese analisa três obras literárias escritas por autores filipinos nos Estados Unidos, de forma a apresentá-las como ferramentas de resistência cultural, na concepção do autor Stephen Duncombe e sua obra Cultural Resistance Reader (2002). As obras são: In The Country (2015), de Mia Alvar, coleção de contos escritos pela autora filipina radicada nos EUA; o romance America is Not The Heart (2015), de Elaine Castillo, nascida em São Francisco, mas filha de filipinos; o memoir The Groom Will Keep His Name (2020), de Matt Ortile, nascido em Manila e criado em Las Vegas. Ao esmiuçar as obras, o estudo passa por conceitos únicos do arquipélago, tais como Utang Na Loob – sentimento que move os seus habitantes, dívida impagável para qualquer pessoa que recebera auxílio de alguma maneira -, balikbayan (filipinos que estejam vivendo permanentemente fora da nação) e balikbayan box (remessas enviadas aos familiares e amigos, por filipinos que moram no exterior). Ainda, esta tese se debruça, nos seus dois primeiros capítulos, sobre a rica história do país, um dos poucos a ser colonizado por três potências estrangeiras (Espanha; Estados Unidos; Japão). O terceiro capítulo aborda imigração e, ao estabelecer diferenças entre os conceitos de (i)migrante e emigrante, assim como a ideia de diáspora, esta tese se apoia em sociólogos como Stuart Hall e Robin Cohen. Há, ainda, a proposição de uma categoria epistemológica chamada Superioridade do Expatriado, dedicada à relação assimétrica entre aqueles que emigraram do país, e aqueles que lá permanecem. Já o último capítulo, o 4º, trabalha a resistência cultural vista através de aspectos específicos das obras, como expressão da sexualidade (em especial a queer); resistência através da raça/etnia; e a própria literatura enquanto instrumento de resistência. Os teóricos citados, entre outros, são: Raymond Williams, William Callahan, Michel Foucault. A conclusão à qual o estudo chega é que, sim, os livros estudados podem ser considerados ferramentas de resistência cultural, e os aspectos do país mencionados são indícios inegáveis de uma sociedade antropologicamente rica, orgulhosa das suas origens, e única dentro do continente asiático. |