As estratégias de implantação física de universidades federais no Brasil: um estudo comparativo entre dois períodos de expansão 1960-1970 e 2000-2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bastos, Mara Medina lattes
Orientador(a): Alberto, Klaus Chaves lattes
Banca de defesa: Buffa, Ester, Paula, Frederico Braida Rodrigues de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10627
Resumo: A demanda por acesso ao ensino superior cresceu significativamente no mundo após a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, essa demanda gerou uma expansão das universidades federais nas décadas de 1950 e 1960, quando foram criadas 26 novas unidades. O segundo período de expansão ocorreu a partir da década de 2000, quando mais 19 universidades federais foram criadas entre os anos 2000 e 2010. O caráter físico da primeira expansão ocorrida no Brasil entre os anos 1950 e 1960 tem sido sistematicamente estudado no campo da arquitetura e urbanismo; no entanto, percebe-se a ausência de estudos sobre as estratégias de expansão física das universidades federais criadas a partir do ano 2000. O objetivo geral deste trabalho é compreender como ocorreu a inserção dos campi das novas universidades federais no território nacional, por meio do estudo das estratégias de implantação física destes espaços no período compreendido entre os anos 2000 e 2010, sobre bases comparativas com o primeiro período de expansão vivido entre os anos 1960 e 1970. Na expansão recente, em contraste com a expansão dos anos 1960, a maior parte das universidades foi criada com mais de um campus ampliando ainda mais o número de municípios beneficiados pelas estruturas universitárias, favorecendo em sua quase totalidade os municípios de pequeno porte. Observou-se também que estas instituições recentes se instalaram em uma área territorial bem menor do que as da expansão anterior. Este fato gerou grandes modificações nas estruturas pedagógicas e físicas dos novos campi universitários. As novas universidades em muito diferem das universidades do primeiro período de expansão. Agora, elas pulverizam seus campi pelas cidades de pequeno porte na região de sua abrangência, tornando-os, muitas vezes, vocacionados a um campo específico do saber. Conhecer as estratégias de implantação física que estas novas universidades apresentam para responder aos desafios contemporâneos no campo da educação superior é de fundamental importância, pois possibilita a reflexão sobre a recente produção e proporciona a oportunidade de definir novos rumos para os futuros espaços destinados ao ensino superior no país.