Processamento morfológico e leitura no português brasileiro: um estudo longitudinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Oliveira, Bruno Stefani Ferreira de lattes
Orientador(a): Justi, Francis Ricardo dos Reis lattes
Banca de defesa: Justi, Cláudia Nascimento Guaraldo lattes, Macedo, Elizeu Coutinho de lattes, Mota, Marcia Maria Peruzzi Elia da lattes, Name, Maria Cristina Lobo lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8923
Resumo: Na presente tese realizou-se uma investigação da relação da morfologia com a leitura no português brasileiro, a partir de um delineamento longitudinal. Ao todo, 220 crianças do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental foram avaliadas no respectivo ano escolar (Tempo 1) e um ano depois (Tempo 2). Foram produzidos dois artigos, sendo que o primeiro teve como objetivo avaliar a relação entre consciência morfológica e leitura. Foram realizadas análises de regressão hierárquica, controlando a inteligência, consciência fonológica e memória de trabalho, além de análises de correlação cruzada. Os resultados de ambas as análises convergiram para mostrar as contribuições da leitura para a consciência morfológica no 2º e 3º ano e da consciência morfológica para a leitura no 4º e 5º ano. No estudo 2 foi realizada uma tarefa de decisão lexical com técnica de priming (SOA de 60 e 250ms), a fim de avaliar o efeito de priming morfológico durante o desenvolvimento e sua relação com a consciência morfológica. Foi comparado o tempo de reação de pares de palavras (Prime e alvo) com relação morfológica, ortográfica ou sem relação. Houve efeito de priming morfológico a partir do 3º ano no SOA de 250 ms e a partir do 4º ano no SOA de curta duração. A consciência morfológica não se correlacionou com o efeito de priming. Os resultados de ambos os estudos apontam para a importância dos componentes morfológicos das palavras para a habilidade de leitura, destacando a relevância pedagógica do ensino explícito da morfologia durante a fase de alfabetização.