A Linguagem em Martin Heidegger: a saga do dizer e o nascimento do poeta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Daniela Olimpio de lattes
Orientador(a): Lacerda, Bruno Amaro lattes
Banca de defesa: Araújo, Paulo Afonso lattes, Bustamante, Thomas da Rosa de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15973
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem por objeto o estudo da linguagem em Martin Heidegger, como sendo, ela mesma, uma experiência do filósofo que a concebe ontologicamente, como casa do ser e como existenciário do Dasein. Investiga-se, nesta pesquisa, o caminho do filósofo com a poesia, enquanto vizinhança do pensamento. A metodologia de pesquisa é de revisão bibliográfica, e de cunho biográfico, a acompanhar textos do próprio filósofo e de comentadores, para atingir o objetivo de revelar o nascimento de um filósofo da poesia. Metodologicamente, acompanhar-se-á esse percurso da relação de Heidegger com a linguagem, tomando por ponto de partida sua obra-mestra Ser e Tempo (Sein und Zeit, 1927), e a abordagem da linguagem como rede, e compreendendo o processo da viragem ontológica heideggeriana, ou Die Kehre, para perceber o acontecimento apropriador, ou Ereignis, no filósofo, que percebe as barreiras e aporias da linguagem para sua compreensão metafísica, e, portanto, revê seu caminho na filosofia. O segundo momento Heidegger desloca o estudo da linguagem para a experiência com a facticidade do Dasein e a mundanidade, percebendo a ocultação da verdade da essência e a diferença ontológica nos fenômenos da metafísica e seus conceitos, como a técnica, a coisa, a lógica e a arte. No encontro com a arte, na origem da obra de arte, na linguagem que envia palavra e obra, Heidegger demora-se, talvez numa segunda viragem, ou terceiro Heidegger, como filósofo da linguagem, enquanto poesia, fazendo-se também poeta, sem o dizer. Em face disso, como hipótese conclusiva, a presente dissertação percorre a filosofia de modo biográfico, experimentando a saga do dizer em Heidegger, trazendo como hipótese de pesquisa a compreensão de sua filosofia como ontologia da poesia enquanto experimentação do filósofo, o que se expressa no título: “A Linguagem em Martin Heidegger: a saga do dizer e o nascimento do poeta”.