Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Almeida, José Guilherme de Andrade
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Orientador(a): |
Ferreira, Eliana Lucia
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Banca de defesa: |
Auad, Daniela
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Cavallari, Juliana Santana
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4047
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Resumo: |
Este trabalho tem por objetivo compreender como tem se dado o processo de inclusão de alunos com deficiência na educação superior brasileira, em especial, nas instituições públicas. Uma compreensão que vai além da sua presença ou ausência, mas que busca lançar luz sobre os sentidos que estruturam esta inclusão. Sob o caráter exploratório-descritivo, a presente pesquisa se vale da Análise do Discurso na ótica francesa de Pêcheux e Orlandi enquanto metodologia para compreender como o sujeito com deficiência tem sido subjetivado na educação superior. Ao longo deste trabalho, analisamos os marcos da acessibilidade que embasam a inclusão de pessoas com deficiência nos diferentes espaços sociais, principalmente nas políticas públicas, e exploramos o desenrolar desse processo na Universidade Federal de Juiz de Fora, descrevendo as práticas de acessibilidade desenvolvidas na instituição, analisando a evolução das matrículas e o perfil dos seus alunos autodeclarados com deficiência nos últimos anos a partir dos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e dos dados produzidos pela coordenação de acessibilidade da própria universidade. Em articulação com este contexto sócio-histórico, buscamos compreender os sentidos que permeiam os discursos dos diferentes sujeito da educação superior que se relacionam com o aluno com deficiência, colhidos por meio de entrevistas semiestruturadas. Inicialmente observamos uma crescente presença de pessoas com deficiência enquanto alunos da educação superior, paralelamente a uma inconsistência na coleta de dados oficiais sobre os mesmos. Delineamos uma dispersão equivalente destes nos cursos das três grandes áreas do conhecimento e identificamos que seus tipos de deficiência se concentram em físicas, visuais e auditivas. Com os discursos analisados, encontramos diversas tensões que permeiam sua inclusão, em particular, o silenciamento da deficiência no discurso, relacionando-a ao estigma, acrescido do desconhecimento das questões relativas à pessoa com deficiência, assim como a manutenção de um modelo padrão de aluno universitário que não comporta a pessoa com deficiência, influenciando o processo ensino-aprendizagem. A partir das análises empreendidas, observamos avanços e estagnações no processo de inclusão, indicando a necessidade de mecanismos de circulação de sentidos positivos sobre a pessoa com deficiência e sua inclusão, além do estabelecimento de espaços de discussão para repensar tais práticas a fim de subsidiar o reconhecimento e articulação dos mesmos enquanto sujeitos constitutivos do espaço universitário brasileiro. Esta pesquisa integra um projeto em rede mais amplo denominado de “Acessibilidade no ensino superior: da análise das políticas públicas educacionais ao desenvolvimento de mídias instrumentais sobre deficiência e inclusão”, financiado pelo Programa Observatório da Educação (EDITAL/CAPES N º 49/2012 – Processo No. 8224) |