O ensino de leitura e o processo inferencial: interfaces com a formação de professor e com as avaliações externas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Clarice de Matos lattes
Orientador(a): Sampaio, Thaís Fernandes lattes
Banca de defesa: Oliveira, Roberto Perobelli de lattes, Reis, Andreia Rezende Garcia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10053
Resumo: Este trabalho tem como objetivo compreender como a habilidade de “inferir uma informação implícita em um texto”, que compõe a compreensão textual, é aferida nas avaliações externas de Língua Portuguesa e investigar que tipo de tarefas de inferência os futuros professores de Português propõem, identificando aproximações e distanciamentos entre esses processos. Como suporte teórico, embasamo-nos em estudos de Solé (1998), Apllegate, (2002), Soares (2004), Koch e Elias (2006), Kleiman (2007; 2008), Marcuschi (2008), Silva (2012; 2013; 2016), Ferrarezi Jr e Carvalho (2017). Assim, com base em tais teorias, exploramos as seguintes questões em nossas análises: i) Como os itens das avaliações externas avaliam a inferência nos textos?; ii) Quais os tipos de textos que são usados para a construção de itens dessa habilidade?; e iii) Como os graduandos propuseram o trabalho com a inferência nas atividades de leitura?. Utilizamos a metodologia de pesquisa documental para nossas análises, adotando a concepção de documento proposto por Appolinário (2009, p. 67): “Qualquer suporte que contenha informação registrada, formando uma unidade, que possa servir para consulta, estudo ou prova”, e tais dados foram submetidos a um tratamento de cunho qualitativo e interpretativo (DENZIN; LINCOLN, 2006). Os resultados da pesquisa revelam que, no que diz respeito à habilidade de realizar uma inferência de uma informação implícita em um texto, há um descompasso entre a maneira como o processo inferencial é solicitado nas avaliações em larga escala e a forma como os graduandos construíram as atividades de leitura para serem trabalhadas em sala de aula. Além disso, verificamos que os estudantes da graduação apresentam uma dificuldade para explorar o texto nas atividades de leitura, fazendo com que, muitas das vezes, o texto sirva apenas como um “pretexto” para a realização de uma atividade, que não compreende a intepretação de um texto.