Do eu ao si-mesmo: um comentário crítico aos aforismos do Tantra Yoga da Ananda Marga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Rafaela Campos de lattes
Orientador(a): Loundo, Dilip lattes
Banca de defesa: Sudário Cabral, Jimmy lattes, Florentino Neto, Antonio lattes, Turci, Rubens lattes, Kofes, Maria Suely lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00054
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13416
Resumo: A presente tese tem por objetivo apresentar uma vertente contemporânea da tradição da filosofia indiana, o Tantra Yoga da Ānanda Mārga. Realiza-se, primeiramente, sua localização teórica e, em seguida, aborda-se sua ontologia e praxiologia. A tese desenvolve-se através de um diálogo hermenêutico com o Ānanda Sūtraṃ, produção textual central do guru e autor da linhagem tântrica, Ānandamūrti. Através de uma tradução própria dos aforismos (sūtra) reunidos no referido texto elabora-se um discurso que lida com os conceitos postos de forma cumulativa e gradual. Visa-se apresentar, de forma clara, os princípios constitutivos da interdependência ontológica proposta através de seu perspectivismo monista (advaitadvaitādvaitavāda), assim como os mecanismos práticos para sua realização pragmática. O texto debruça-se, assim, sobre o desvendamento de uma realidade (jagat) simultaneamente plural e una, uma vez que modo de ser daquilo que se toma pelo princípio do Ser/Consciência (Brahman). A narrativa busca, portanto, demonstrar que a noção de sujeito (jīvātman) encontra-se em uma alteridade radical, da qual os entes são seu desdobramento. Há, assim, uma epistemologia pedagógica cuja proposta soteriológica pretende dispor ao adepto a completude permanente do desejo de felicidade (mokṣa). Para tanto, o texto dispõe e a tese apresenta, as diretrizes para a ação cotidiana segundo a Ānanda Mārga, as quais constituem uma luta visceral (sādhana) pelo estabelecimento da empatia originária – em si-mesmo e na sociedade